ATA DA TRIGÉSIMA NONA
SESSÃO ORDINÁRIA DA SEGUNDA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEXTA LEGISLATURA,
EM 12-5-2014.
Aos doze dias do mês de maio do ano de
dois mil e quatorze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio
Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos,
foi realizada a segunda chamada, respondida pelos vereadores Airto Ferronato,
Alberto Kopittke, Cassio Trogildo, Delegado Cleiton, Dr. Thiago, Guilherme
Socias Villela, Idenir Cecchim, João Carlos Nedel, Kevin Krieger, Lourdes
Sprenger, Marcelo Sgarbossa, Mario Fraga, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Mônica
Leal, Nereu D'Avila, Paulinho Motorista, Paulo Brum, Professor Garcia, Sofia
Cavedon, Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal. Constatada a existência de
quórum, o Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão,
compareceram os vereadores Alceu Brasinha, Any Ortiz, Bernardino Vendruscolo,
Clàudio Janta, Elizandro Sabino, Fernanda Melchionna, Jussara Cony, Pedro Ruas,
Reginaldo Pujol, Séfora Mota e Valter Nagelstein. À MESA, foram encaminhados: o
Projeto de Lei do Legislativo nº 395/13 (Processo nº 3516/13), de autoria do
vereador Alceu Brasinha; o Projeto de Lei do Legislativo nº 058/14 (Processo nº
0632/14), de autoria do vereador Delegado Cleiton; o Projeto de Lei do
Legislativo nº 088/14 (Processo nº 0911/14), de autoria do vereador Mario
Fraga; e o Projeto de Lei do Legislativo nº 084/14 (Processo nº 0837/14), de
autoria do vereador Reginaldo Pujol. Do EXPEDIENTE, constou Comunicado do Fundo
Nacional de Desenvolvimento da Educação do Ministério da Educação, emitido em
vinte e cinco de abril do corrente. Durante a Sessão, foram aprovadas as Atas da
Décima Quinta, Décima Sexta e Décima Sétima Sessões Ordinárias e da Segunda e
Terceira Sessões Extraordinárias. A
seguir, o Presidente concedeu a palavra, em TRIBUNA POPULAR, a Veridiana
Machado, do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre – SIMPA –, que discorreu
sobre o fechamento da Casa de Convivência II – Ilê Mulher. Em continuidade, nos
termos do artigo 206 do Regimento, os vereadores Kevin Krieger, Fernanda
Melchionna, Alberto Kopittke, Jussara Cony e Delegado Cleiton manifestaram-se
acerca do assunto tratado durante a Tribuna Popular. Os trabalhos
estiveram suspensos das quatorze horas e quarenta minutos às quatorze horas e
quarenta e um minutos. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os vereadores
Pedro Ruas, duas vezes, Tarciso Flecha Negra, Clàudio Janta, Bernardino
Vendruscolo, Delegado Cleiton, Airto Ferronato, Sofia Cavedon, Mônica Leal e
Idenir Cecchim. Na ocasião, foi
apregoado o Memorando nº 017/14, de autoria do vereador João Derly, deferido
pelo Presidente, solicitando autorização para representar externamente este
Legislativo, hoje, nos eventos de apresentação da cidade de Porto Alegre como
sede de aclimatação aos Jogos Olímpicos de 2016, na Sociedade de Ginástica
Porto Alegre – Sogipa –, em Porto Alegre. Em GRANDE EXPEDIENTE, pronunciaram-se os
vereadores Mario Fraga e Dr. Thiago, este em tempo cedido pelo vereador Márcio
Bins Ely. Em seguida, nos termos do artigo 94, § 1º, alínea “g”, do Regimento,
o Presidente concedeu TEMPO ESPECIAL à vereadora Lourdes Sprenger, que relatou
sua participação, em Representação Externa deste Legislativo, do dia cinco ao
dia oito de maio do corrente, no 13º Encontro da Associação Brasileira de
Escolas do Legislativo e de Contas, realizado em Brasília – DF. Às dezesseis horas e dezenove minutos,
constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Após, foi
aprovado o Ofício nº 426/14, do Prefeito, solicitando a retirada de tramitação
do Projeto de Lei do Executivo nº 020/13 (Processo nº 1893/13). Também, foram
apregoados os seguintes Requerimentos, deferidos pelo Presidente: de autoria do
vereador Alberto Kopittke, solicitando a retirada de tramitação do Requerimento
nº 123/13 (Processo nº 2015/13); e de autoria do vereador Idenir Cecchim,
solicitando a votação em destaque das Emendas nos 02 e 03 apostas ao
Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 005/14 (Processo nº 0441/14). Em
Votação Nominal, foi rejeitado o Projeto de Lei do Legislativo nº 312/13
(Processo nº 2805/13), em sua parte vetada, considerando-se mantido o Veto
Parcial oposto, por cinco votos SIM, quinze votos NÃO e oito ABSTENÇÕES, tendo
votado Sim os vereadores Guilherme Socias Villela, João Carlos Nedel, Kevin
Krieger, Mônica Leal e Tarciso Flecha Negra, votado Não os vereadores Airto
Ferronato, Alceu Brasinha, Any Ortiz, Cassio Trogildo, Clàudio Janta, Delegado
Cleiton, Elizandro Sabino, Idenir Cecchim, Mario Fraga, Mario Manfro, Nereu
D'Avila, Paulinho Motorista, Paulo Brum, Reginaldo Pujol e Waldir Canal e
optado pela Abstenção os vereadores Alberto Kopittke, Fernanda Melchionna,
Lourdes Sprenger, Marcelo Sgarbossa, Mauro Pinheiro, Pedro Ruas, Professor Garcia
e Sofia Cavedon. Em Votação, foi aprovado o Requerimento nº 037/14 (Processo nº
0853/14). Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Resolução nº
061/13 (Processo nº 3475/13). A seguir, foi aprovado Requerimento verbal
formulado pelo vereador Nereu D’Avila solicitando a retirada do Projeto de Lei
do Executivo nº 033/13 (Processo nº 2742/13) da priorização para a Ordem do Dia
da presente Sessão. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o
Projeto de Lei do Legislativo nº 019/14 (Processo nº 0301/14), por vinte e seis
votos SIM, tendo votado os vereadores Airto Ferronato, Alberto Kopittke, Cassio
Trogildo, Clàudio Janta, Delegado Cleiton, Dr. Thiago, Elizandro Sabino,
Guilherme Socias Villela, Idenir Cecchim, João Carlos Nedel, Lourdes Sprenger,
Marcelo Sgarbossa, Mario Fraga, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Mônica Leal,
Nereu D'Avila, Paulinho Motorista, Paulo Brum, Pedro Ruas, Professor Garcia,
Reginaldo Pujol, Séfora Mota, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra e Waldir
Canal. Em Discussão Geral e Votação, foram aprovados o Projeto de Lei do
Legislativo nº 169/13 e o Projeto de Resolução nº 046/13 (Processos nos
1659 e 2999/13, respectivamente). Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi
aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 310/13 (Processo nº 2802/13) por
vinte e oito votos SIM, tendo votado os vereadores Airto Ferronato, Alberto
Kopittke, Cassio Trogildo, Clàudio Janta, Delegado Cleiton, Dr. Thiago,
Elizandro Sabino, Guilherme Socias Villela, Idenir Cecchim, João Carlos Nedel,
Jussara Cony, Kevin Krieger, Lourdes Sprenger, Marcelo Sgarbossa, Mario Fraga,
Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Paulinho Motorista,
Paulo Brum, Pedro Ruas, Professor Garcia, Reginaldo Pujol, Séfora Mota, Sofia
Cavedon, Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal. Em Discussão Geral e Votação
Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 032/14 (Processo nº
0446/14) por vinte e oito votos SIM, tendo votado os vereadores Airto
Ferronato, Alberto Kopittke, Cassio Trogildo, Clàudio Janta, Delegado Cleiton,
Dr. Thiago, Elizandro Sabino, Fernanda Melchionna, Guilherme Socias Villela,
Idenir Cecchim, João Carlos Nedel, Jussara Cony, Kevin Krieger, Lourdes
Sprenger, Marcelo Sgarbossa, Mario Fraga, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Mônica
Leal, Nereu D'Avila, Paulinho Motorista, Paulo Brum, Pedro Ruas, Professor
Garcia, Reginaldo Pujol, Séfora Mota, Sofia Cavedon e Tarciso Flecha Negra. Em
Votação, foi rejeitado o Recurso de autoria do Ver. Marcelo Sgarbossa e outros
vereadores, contra decisão proferida pelo Presidente nos autos do Processo nº
0108/13, por onze votos SIM e dezoito votos NÃO, em votação nominal solicitada
pelo vereador Professor Garcia, após ser encaminhado à votação pelos vereadores
Marcelo Sgarbossa, Sofia Cavedon e Nereu D’Avila, tendo votado Sim os
vereadores Alberto Kopittke, Bernardino Vendruscolo, Clàudio Janta, Dr. Thiago,
Fernanda Melchionna, Jussara Cony, Lourdes Sprenger, Marcelo Sgarbossa, Mauro
Pinheiro, Sofia Cavedon e Tarciso Flecha Negra e Não os vereadores Airto Ferronato,
Alceu Brasinha, Cassio Trogildo, Delegado Cleiton, Elizandro Sabino, Guilherme
Socias Villela, Idenir Cecchim, João Carlos Nedel, Kevin Krieger, Mario Fraga,
Mario Manfro, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Paulinho Motorista, Paulo Brum,
Reginaldo Pujol, Séfora Mota e Waldir Canal. Em Votação, foi
rejeitado o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 035/13 (Processo nº
0108/13), por onze votos SIM, dezessete votos NÃO e uma ABSTENÇÃO, em votação
nominal solicitada pelo vereador Professor Garcia, tendo votado Sim os
vereadores Alberto Kopittke, Bernardino Vendruscolo, Clàudio Janta, Dr. Thiago,
Fernanda Melchionna, Jussara Cony, Lourdes Sprenger, Marcelo Sgarbossa, Mauro
Pinheiro, Sofia Cavedon e Tarciso Flecha Negra, votado Não os vereadores Airto
Ferronato, Alceu Brasinha, Cassio Trogildo, Delegado Cleiton, Elizandro Sabino,
Guilherme Socias Villela, Idenir Cecchim, João Carlos Nedel, Kevin Krieger,
Mario Fraga, Mario Manfro, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Paulinho Motorista,
Paulo Brum, Reginaldo Pujol e Waldir Canal e optado pela Abstenção o vereador
Professor Garcia. Em Discussão Geral e Votação, esteve o Projeto de Lei
Complementar do Executivo nº 010/13 (Processo nº 2495/13) o qual, após ser
discutido pelos vereadores Fernanda Melchionna, João Carlos Nedel e Sofia
Cavedon, teve suspensa sua discussão, em face da inexistência de quórum
deliberativo. Às dezessete horas e vinte e sete minutos, constatada a
inexistência de quórum deliberativo, em verificação solicitada pelo vereador
Clàudio Janta, o senhor Presidente declarou encerrada a Ordem do Dia. Em PAUTA,
Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, os Projetos de Lei do
Legislativo nos 040, 043, 079, 085 e 087/14, o Projeto de Lei do
Executivo nº 013/14, o Projeto de Resolução nº 012/14; em 2ª Sessão, os
Projetos de Lei Complementar do Legislativo nos 002 e 006/14, os
Projetos de Lei do Legislativo nos 168 e 350/13, 046, 062, 070 e
082/14, o Projeto de Resolução nº 013/14. Durante a Sessão, os vereadores
Alberto Kopittke, Reginaldo Pujol e João Carlos Nedel manifestaram-se acerca de
assuntos diversos. Às dezessete horas e vinte e oito minutos, o Presidente
declarou encerrados os trabalhos, convocando os vereadores para a Sessão Ordinária
da próxima quarta-feira, à
hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos vereadores Professor
Garcia e Guilherme Socias Villela e secretariados pelo vereador Guilherme
Socias Villela. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída e
aprovada, será assinada pelo 1º Secretário e pelo Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Em
votação as Atas disponíveis nas Pastas Públicas do correio eletrônico: Atas da
15ª, 16ª e 17ª Sessões Ordinárias e da 2ª e 3ª Sessões Extraordinárias.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que as aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.) APROVADAS.
Passamos à
TRIBUNA
POPULAR
A
Tribuna Popular de hoje tratará de assunto relativo ao fechamento da Casa de
Convivência II – Ilê Mulher. A Sra. Veridiana Machado, representando o
Sindicato dos Municipários de Porto Alegre - Simpa, está com a palavra, pelo
tempo regimental de 10 minutos.
A SRA.
VERIDIANA MACHADO: Boa tarde a todos e a todas. Eu sou da direção do Sindicato
dos Municipários de Porto Alegre – Simpa. Venho aqui hoje representando os
trabalhadores, mas também me referindo à população em situação de
vulnerabilidade social - população de rua. Viemos hoje aqui para que esta Casa
se posicione sobre o desconveniamento que a Fundação de Assistência Social quer
fazer com um espaço de acolhimento que atende 140 pessoas em situação de
vulnerabilidade social por dia. Ou seja, em época de Copa do Mundo, sabemos que
várias ações higienistas estão sendo praticadas pela Cidade, inclusive pelo
Poder Público, não querendo enxergar essa população: retirada dos pertences das
pessoas que estão em baixo dos viadutos; ações truculentas da Brigada Militar.
Inclusive, semana passada, houve um seminário pela Comissão de Direitos Humanos, que pautou isso. Em contraponto a isso,
a Prefeitura desconvenia um serviço que acolhe e que oferece um espaço importante
para 140 pessoas por dia; ou seja, para onde vão essas pessoas? Existe um
projeto de reordenamento, que está sendo passado pelas Comissões, que precisa
ser votado nesta Câmara Municipal, para que se consiga, de fato, implementar os
serviços conforme preconiza o Sistema Único de Assistência Social - SUAS, no
Município. Precisamos pautar esse projeto de reordenamento, porque junto com
isso conseguiremos, então, chamar concurso público. O espaço do Centro Pop 1,
que a FASC abriu, não está conseguindo acolher a demanda de forma satisfatória,
porque faltam trabalhadores. Existe uma norma básica de recursos humanos, que a
política nacional para essa população – SUAS indica: um educador para cada 10
pessoas atendidas. E para terem uma ideia, o Centro Pop 1 está atendendo 160
pessoas por dia com apenas cinco educadores sociais! Então, o espaço não está
conseguindo dar conta, é um espaço onde não há segurança nem para que os
trabalhadores atendam, nem para a população usuária. Então, viemos aqui hoje
solicitar que esse espaço tome pé, tanto da questão dessa política nacional de
assistência social, que não é mais uma política de favor, mas uma política de
direito e que temos um Sistema Único de Assistência Social a ser implementado
no Município de Porto Alegre, para que, então, consiga-se reverter o fechamento
dessa casa que acolhe, porque em época de Copa do Mundo, quando a gente sabe
que vão querer ter a Cidade bonita para que os turistas vejam, essas ações que
estão acontecendo todos os dias são de violação de direitos. Aliás, depois
daquele seminário que houve aqui sobre segurança publica e população de rua, já
chegou aos ouvidos dos trabalhadores da assistência, do pessoal que atende a
população de rua, que a Brigada Militar fez uma batida no albergue Dias da
Cruz, causando muito medo na população de rua. A gente vê pela Cidade um
enxotamento dessas pessoas, como se elas não tivessem o direito de utilizar a
Cidade como um cidadão qualquer. População de rua sempre existiu, população de
rua tem uma dinâmica diferenciada, mas nem por isso, não é por que as pessoas
estão na rua que deva ter serviços que os acolhem, os quais as pessoas possam
usar. Essa situação existe também porque a gente vive em um país extremamente
desigual, sem políticas de habitação, sem políticas públicas que deem conta. E,
cada vez mais, as pessoas estão em situação de vulnerabilidade social. A
demanda vem aumentando.
Então,
nós, como Sindicato, trazemos a preocupação pelos trabalhadores e também pela
população de rua, que está extremamente vulnerável e também com falta de
segurança. Queremos dizer aqui que repudiamos as ações higienistas que todos os
dias vêm sendo feitas. Temos ouvido denúncias de pessoas que chegam até nós,
como retirada dos locais mais centrais, retirada dos pertences das pessoas,
enxotamento das praças. Então, qual é o lugar da população de rua na Cidade? E
o que esta Casa pode fazer para que passe o projeto de reordenamento e
consigamos implementar, da forma como se deve, os serviços de assistência no
Município de Porto Alegre.
E
também queria deixar aqui um repúdio, porque eu dividiria a minha fala com uma
pessoa em situação de rua, que, inclusive participa do Movimento, mas me
disseram que aqui não pode entrar sem terno e gravata. Então, eu gostaria de
dizer que esta Casa tem que repensar essa questão, porque acho que a
participação da população de rua, como um direito de participação e de ocupação
dos espaços, também deve ser valorizada.
Eu
solicito, como encaminhamento para esta Casa, uma Audiência Pública na Comissão
de Direitos Humanos, que paute o projeto de reordenamento para que consigamos
implementar e implantar os serviços da política de assistência, de acolhimento
a essa população, de fato, como deve ser. Assim como o Município vai se
responsabilizar e pedir o aceite à questão da política nacional, também
queremos que esta Casa se ocupe em discutir e em votar esse projeto logo,
porque é para ontem isso. Precisamos ampliar os serviços para que não aconteça
essa questão de então, ali está o pessoal representado. Estamos aqui pedindo o
apoio da Casa. E eu gostaria de solicitar, se for possível, que uma pessoa em
situação de rua possa vir aqui e falar por si da sua situação nesta Casa.
Obrigada.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Convidamos a Sra. Veridiana Machado a
fazer parte da Mesa. Eu a
ouvi atentamente e pergunto se a Deborah Carvalho Xavier é sua Diretora.
A SRA. VERIDIANA MACHADO: A Deborah Carvalho Xavier é Diretora do
Simpa.
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Pois não. Quando ela assinou o
documento, ela estava ciente de que o Presidente da entidade é responsável pelo
atendimento do art. II da Resolução nº 219/2000, que diz: “o orador indicado
deverá integrar a Diretoria da entidade, preferencialmente o seu quadro de associados,
bem como comparecer em traje de passeio completo”. Então, não foi nenhuma
objeção. Eu gostaria que V. Exa., uma outra vez que ocupasse a tribuna, se
inteirasse antes de falar, porque, senão, fica difícil. Pode comentar, mas
quando assina, então, devolve para o Simpa, porque, senão, dificulta. Não quero
mais comentar este assunto, só fiz este relato porque a senhora falou e acho
que, como Câmara de Vereadores, temos que colocar o que já estava previsto.
O
Sr. Kevin Krieger está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. KEVIN KRIEGER: Eu queria aproveitar os dois minutos a
que a gente tem direito e dizer para a Veridiana, que está representando o
Simpa, que desde o final de janeiro, quando voltamos para a Câmara de
Vereadores, entregamos o projeto de reordenamento – se não me engano foi
protocolado em novembro de 2013. O projeto já passou por quatro Comissões, como
é exigido. Ele está na CEDECONDH - o Ver. Alberto Kopittke já deve ter feito o
seu relatório -, já passou na CCJ, na CEFOR e na CECE, se não me engano. A
Ver.ª Fernanda Melchionna, na última reunião de Lideranças, pediu uma audiência
pública para que possamos fazer a discussão do projeto, e, sem dúvida nenhuma,
após este trâmite, ele vem à votação. E este será o grande salto de qualidade
nos serviços públicos da assistência. Este projeto foi construído, inclusive,
com o Simpa, com todos os trabalhadores da Fundação, direção, trabalhadores e
sindicato para que pudéssemos, realmente, ter uma nova estruturação.
Em
relação à higienização, o que a gente tem escutado, e eu que presidi a Fundação
durante 5 anos escutei isso sempre no tempo verbal de que vai acontecer isso,
vai acontecer aquilo. E nesses cinco anos em que estivemos à frente da
Fundação, não houve higienização na cidade de Porto Alegre, e não haverá,
dependendo da nossa Administração.
(Manifestações
nas galerias.)
O SR. KEVIN KRIEGER: Sem dúvida de que eu não estou na rua,
mas nós fizemos um trabalho...
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Vereador, por gentileza, o tempo de V.
Exa. já se esgotou.
O SR. KEVIN KRIEGER: Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): A Ver. ª Fernanda Melchionna está com
palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Boa tarde, eu queria cumprimentar a
Veridiana e cumprimentar cada um e cada uma dos lutadores do Movimento Nacional
que vieram, mais uma vez, a esta Casa lutar por direitos. Falo em nome do Ver.
Pedro Ruas, em meu nome e em nome do PSOL, primeiro, comentando sobre os dois
temas que a Veridiana explanou da tribuna e que são muito importantes.
Primeiro, o fechamento do Ilê Mulher, que teve o desconveniamento, que está num
processo de fechamento das portas e que é muito reivindicado pelos usuários,
pois é um equipamento absolutamente vinculado aos usuários. Estamos muito
preocupados diante dessa situação e eu acho que seria importante encaminhar
alguma reunião com a FASC, querendo discutir esta questão do desconveniamento
para que o Movimento possa se expressar. Nós sabemos que é um equipamento
reivindicado pela população em situação de rua e que foi, de uma maneira
antidemocrática, desconveniado e a cidadania não pôde discutir. Segundo, em
relação ao reordenamento, nós achamos que é necessário que haja uma audiência pública
para que os trabalhadores da FASC possam colocar os seus adendos. Nós sabemos
que o Simpa e os municipários estão em luta neste momento, e com razão, pois
não faltam motivos para estarem em luta em relação à proposta irrisória que foi
apresentada pelo Governo Municipal, tem a luta pelas gratificações e tem um
conjunto de CCs imbuídos num processo que é extremamente meritório, que é a
ampliação dos monitores, dos educadores sociais. Então, eu quero dizer que é
importante, eu já falei com o Presidente Alberto Kopittke e faremos Audiência
Pública se assim o Simpa desejar.
E,
depois, eu acho que as leis e as regras servem conforme a situação. Acho que
está na hora de rever o Regimento desta Casa, porque, se o povo não pode vir
aqui como se veste cotidianamente para falar aos Vereadores, nós temos um
problema grave de discriminação com aqueles que não se vestem de terno e
gravata. Acho que está na hora de rever o Regimento da Câmara e da Tribuna
Popular.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): V. Exa. pode, a qualquer momento, como
Vereadora, fazê-lo. Não dá é jogar para a plateia, Vereadora. Entre com um
projeto de lei; V. Exa. pode fazê-lo.
O
Ver. Alberto Kopittke está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. ALBERTO KOPITTKE: Presidente, não é o objeto da minha
fala, mas, para contribuir no diálogo das vestimentas, no ano passado tivemos
problema com bonés, do Movimento Hip Hop, e protocolei uma sugestão de
modificação do Regimento. Depois vou procurar para que a sua gestão possa
retomar.
Boa
tarde a todos e a todas, saudando a Veridiana, apenas para dizer que, na semana
passada, fizemos uma audiência muito representativa na Comissão de Direitos
Humanos com mais de 200 moradores de rua, já comentada pela Ver.ª Fernanda, e,
efetivamente, esta questão do Ilê Mulher veio à tona com muita indignação por
parte dos moradores, das organizações da sociedade, e esperamos que a FASC
possa rever efetivamente essa situação, pois me parece que não estão sobrando
vagas na Cidade. Esse abrigo que se tornou uma referência na qualidade de
atendimento, agora, nós vamos perder, ainda por cima, este espaço.
Apenas
para dar um retorno aos moradores, Sr. Presidente, sobre as várias denúncias de
violência por parte da Brigada Militar, nós reunimos todas elas. Um morador já
entrou no Programa de Proteção a Testemunhas e nós já tivemos uma reunião com o
Superintendente da Polícia Federal para encaminhar uma investigação sobre crime
contra os direitos humanos, que, segundo essas denúncias, haveria algum grupo
de extermínio agindo aqui na Cidade. Encaminhamos aos órgãos responsáveis e
estamos tomando todas as providências com a atenção que o assunto merece, e nos
indigna. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): A Ver.ª Jussara Cony está com a palavra,
nos termos do art. 206 do Regimento.
A SRA. JUSSARA CONY: Em primeiro lugar, quero cumprimentar o
Simpa por mais uma vez estar nesta Casa trazendo, através da Veridiana, as
necessidades objetivas da Cidade em seu um todo e não apenas de alguns setores
de uma Cidade que, pela estrutura de sociedade em que vivemos, é bem dividida
em classes, e, aí, há ou não políticas em função disso. Mas eu gostaria de
resgatar a histórica luta, onde teve participação uma companheira muito
valorosa do Movimento de Mulheres, que é a Rose Castilhos, na criação da Casa
de Convivência Ilê Mulher. Ilê Mulher tem, inclusive, este nome numa referência
muito grande ao carnaval de Porto Alegre, às lutas históricas das mulheres, dos
homens e daqueles que, sem dúvida alguma, buscam um acolhimento com dignidade.
É um tipo de ação, Presidente, que a gente tem que valorizar muito porque vem
da organização da sociedade, e os que convivem, a população de rua se organiza,
porque, se não tivesse se organizado, acho que muitos tinham sido exterminados
também, porque há uma concepção de classe, há uma concepção de não inclusão
dessa estrutura de sociedade que a gente vive – discuti isso na Câmara, e é
muito bom, porque a gente compreende o quanto ainda temos que lutar e nos unir
para construir uma sociedade que inclua a todos. Creio que um projeto de
reordenamento em consonância com o SUAS tem que ter todo o apoio desta Casa. Já
passou em três Comissões estratégicas, agora está na Comissão de Direitos
Humanos, e o PCdoB, em meu nome e do Ver. João Derly, concorda com uma
audiência pública, que é uma forma mais democrática de ver, afinal, que
reordenamento é esse, que inclua a questão da segurança – em que não vou tocar
porque o Kopittke já falou, e com certeza a gente concorda – e políticas
públicas que garantam direitos a todos. Existem políticas habitacionais,
Veridiana, sou Conselheira Estadual da Cidade, passei por todo o processo
municipal, estadual e nacional da 5ª Conferência, e inclusive existe aporte de
recursos. Resgatando o Estatuto da Cidade, o foco mesmo foi a função social da
terra: a terra não pode estar para especulação, a terra tem que estar para
políticas públicas, para a dignidade de todos. O que está faltando, e este
momento também nos ajuda, pois nós colocamos o projeto aqui, é que o projeto de
criação do Conselho Municipal da Cidade seja aprovado, seja sancionado, porque
ele é parte do Estatuto, parte da reforma urbana, e, neste Conselho, teremos a
democratização para que haja a participação de todos. Nossa Bancada está à
disposição, e essa audiência pública me parece muito interessante que ocorra.
Obrigada.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Delegado Cleiton está com a
palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. DELEGADO CLEITON: Parabéns, Simpa, por ter essa visão mais
ampla de discussão por Porto Alegre; parabéns, Comissão de Direitos Humanos.
Esse é um assunto que realmente temos que trazer aqui para a Câmara, temos que
discutir com uma visão mais ampla, uma visão mais objetiva e uma visão mais
sensível. Não podemos esconder as dificuldades econômicas, as necessidades de
pessoas que convivem em Porto Alegre. Então, parabéns por este momento e
queremos também, sim, uma audiência pública.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Eu solicitei que a Sra. Veridiana
entrasse com um ofício pedindo a audiência, para agilizar a questão do tempo,
porque parece que há um consenso nesse aspecto. Agradecemos a presença do
Simpa. Estão suspensos os trabalhos para as despedidas.
(Suspendem-se
os trabalhos às 14h40min.)
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia – às
14h41min): Estão
reabertos os trabalhos.
O
Ver. Pedro Ruas está com a palavra para uma Comunicação de Líder e, depois,
prossegue sua manifestação em Comunicação de Líder, pela oposição.
O SR. PEDRO RUAS: Sr. Presidente, Ver. Professor Garcia;
Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, Ver.ª Fernanda Melchionna, com quem
conversava há pouco, o tema que me traz à tribuna no dia de hoje é da maior
relevância. Há muito tempo eu tenho denunciado as gravíssimas irregularidades
que ocorrem na área do transporte coletivo aqui em Porto Alegre, desde a
formação de cartéis, onde só entra quem eles permitem e só sai quem eles deixam,
até a verdadeira maquiagem que fazem nos insumos para a composição do preço das
tarifas ao longo de décadas! Entramos, eu e a Ver.ª Fernanda Melchionna,
inclusive, com uma ação popular, sustentando que a ausência de licitação e mais
todos os insumos alterados, levavam a um absurdo de distorção no preço
tarifário. E vejam, V. Exas. que, quando derrubamos o preço da tarifa, que
seria de R$ 3,05, Ver. Clàudio Janta, em março de 2013, e passamos, em abril,
para R$ 2,85, um ano depois, com o novo aumento, ainda não chegou naquele valor
de R$ 3,05. Vejam o que era a distorção daqueles valores. Se eles tivessem sido
mantidos como queriam os empresários e como permitiu a Prefeitura, hoje eles
estariam pedindo R$ 3,30, R$ 3,40, e assim por diante. Agora, no dia de hoje, o
jornal Zero Hora anuncia uma matéria extremamente relevante, Ver. Idenir
Cecchim, que comprova o que já dizíamos há bastante tempo. Mostra que essas
empresas, ao longo de 60 anos, tratam a concessão pública como um negócio
privado, como algo deles. Negociam, transacionam, compram e vendem empresas
entre si, dentro do setor. Nós já tínhamos denunciado, desde o ano passado, o
caso da empresa Expresso Cambará, que agora tem um litígio na Justiça em função
de inventário de uma empresa que teve seus ônibus, suas linhas, suas placas
transferidas - entre aspas - para outras empresas. Dizem que não foi a título
oneroso; não importa! A transferência não pode ocorrer, mesmo que fosse doação,
o que eu não acredito, que eu não acredito! Isso foi a título oneroso sim, isso
foi vendido. Pois o jornal Zero Hora, no dia de hoje, nos traz duas páginas,
duas páginas, mostrando que não apenas a Expresso Cambará, como já havíamos
denunciado dessa tribuna, mas também a Empresa Restinga, Empresa Navegantes, a
Empresa Sentinela, passaram, Ver. Villela, Ver.ª Fernanda Melchionna, por
processos semelhantes: compra e venda por dentro do setor. Aqui estão os
detalhes. (Mostra jornal Zero Hora.) Cada passo do que ocorreu ao longo desses
anos. E a fiscalização da EPTC?
E a Prefeitura nisso tudo? Como é que pode ocorrer algo tão fraudulento com a
conivência, com a omissão da Prefeitura, fazendo olho branco, fazendo que não
vê? Como se a entrega de uma concessão pública fosse realmente um negócio
privado que não interessasse ao conjunto da população! E interessa, interessa!
Porque são estes mesmos que fizeram este tipo de negociata. Estes mesmos
que fizeram esta negociata, Ver.ª Fernanda
Melchionna, Ver. Kopittke, Ver.ª Sofia, são os mesmos que alteravam valores de
insumos para aumentar o valor da tarifa. São os mesmos que alegavam que, sem
aqueles valores, não poderia haver transporte público em Porto Alegre. São os
mesmos, são os mesmos! Nós temos um pedido de CPI que tem dez assinaturas de
Vereadores. Dez! Nós precisamos de 12. Nós precisamos de 12 assinaturas e temos
dez. Não é possível que o Poder Legislativo seja inerte em relação a um tema
tão complexo, tão grave e que envergonha tanto Porto Alegre. Estas duas páginas
do jornalista Carlos Rollsing (Mostra jornal.) são um exemplo gritante da
situação caótica que vive o transporte coletivo em Porto Alegre há décadas, há
dezenas de anos. Eu vou mais longe, Sr. Presidente, eu vou mais longe. No meu
ponto de vista, consultarei ainda a Ver.ª Fernanda e outros Vereadores, no meu
ponto de vista, estas empresas cometeram estelionato, estelionato! Portanto,
não podem participar de licitação. Não podem participar, no mínimo, no mínimo,
as empresas Cambará, Restinga, Navegantes e Sentinela, no mínimo essas não
podem participar de licitação pública, porque cometeram comprovadamente
estelionato. Esta é a prova definitiva, aliás, sem contestação alguma à
matéria. O dia de hoje, esta matéria no jornal Zero Hora, de duas páginas,
demonstra que houve, sim, transações irregulares, ilegais, criminosas por
dentro do sistema: compra e venda de ônibus, linhas, placas, vantagens, como se
fossem, repito, objetos privados, propriedades individuais. Nós, integrantes do
Legislativo Municipal, temos essa obrigação. Isso não é um direito nosso; é uma
prerrogativa. A prerrogativa, Presidente, é diferente do direito. Do direito eu
posso abrir mão; da prerrogativa, não. Da prerrogativa não se pode abrir mão. A
prerrogativa do Legislativo Municipal é investigar, legislar, fiscalizar. Só
nós podemos fazer isso e nós somos obrigados a fazer isso. Portanto, é uma
prerrogativa da qual não se pode abrir mão. Há direitos indisponíveis; há
outros disponíveis. Prerrogativa alguma é disponível. Nós não podemos abrir mão
de fiscalizar. Nós temos que saber quem fez isso ao longo dos anos, como
conseguiram, por décadas, enganar toda a sociedade. Como conseguiram fazer
negócios privados, escusos, ilegais, criminosos sem qualquer fiscalização e, em
alguns momentos, com a autorização do Poder Público Municipal. É um escândalo o
que está acontecendo no transporte coletivo de Porto Alegre, é um escândalo! E
nós não podemos passar ao largo disso como se não fosse conosco! Isso é
conosco, sim! Isso é com esta Câmara Municipal! Daqui a alguns anos, Vereadores
e Vereadoras, diante deste escândalo, as pessoas vão perguntar - e com razão -
o que nós, os Vereadores daquele tempo, fazíamos naquelas Legislaturas. Nós, ou
alguém por nós, no futuro, tem que dizer que nós, no nosso tempo, fazíamos uma
CPI, fiscalizávamos, investigávamos, que nós apontávamos os culpados fora e
dentro, que nós fazíamos a nossa parte. A nossa parte agora é impedir que este
caos continue.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Tarciso Flecha Negra está com a
palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. TARCISO FLECHA NEGRA: Boa tarde, Presidente, Ver. Professor
Garcia; Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores e a todos aqui presentes que nos
assistem, utilizo hoje a tribuna para falar do dia 13 de maio, o dia em que a
abolição da escravatura foi abolida no Brasil. Isso é o que nos falam na
escola, mas é esquecida a luta pela liberdade que ocorreu desde o momento em
que os africanos foram traficados para o nosso País.
O
dia 13 de maio foi apenas a legalização de uma situação que já acontecia. O que
derrubou a escravidão foi a resistência de heróis e heroínas negros que, sendo
livres em seu interior, expandiram o sonho da liberdade ao seu grupo, desejaram
a liberdade para seu povo. Mesmo que isso custasse as suas vidas.
Então,
este ano, queremos comemorar a força de resistência dos movimentos negros
durante o regime de escravidão, também a luta dos negros e negras do nosso País
que, mesmo diante das barreiras colocadas pelas ideias e práticas racistas,
diante dos preconceitos em relação à aparência, diante das discriminações que
impedem o acesso social e econômico, não se submeteram à realidade imposta de
desigualdade social. Queremos afirmar as identidades negras positivas e
incentivar a implantação de políticas públicas de ações afirmativas para os afro-brasileiros.
Por
isso, gostaria de convidar todos para o evento Resgatando o Treze de Maio: o
orgulho de quem somos, que inicia amanhã, dia 13, e que será composto de duas
exposições: uma fotográfica e outra em painéis, no saguão do primeiro andar. É uma
tarde de atividades no Teatro Glênio Peres, onde crianças do Centro Social
Marista apresentarão música, dança, teatro e capoeira. A finalidade desse dia é
fazer uma reflexão sobre a contribuição do povo negro para o nosso País, e
principalmente, para o nosso Estado.
É
importante que comecemos a valorizar não só o dia 13, mas a valorizar todos os
dias a raça negra, porque não foi só no dia 13, mas todos os dias construindo
este País.
Por
isso dia 13, segundo a história nas escolas, nos livros, é o dia marcado para o
negro. Mas já havia uma revolução muito grande dos negros para serem livres,
mesmo que lhes custasse a morte.
Eu
peço aos meus Pares, e aqui está o nosso Ver. Delegado Cleiton, e aos demais, à
cidade de Porto Alegre, às grandes bandeiras negras, aos grandes movimentos
negros, que comecemos, assim como eles começaram no Brasil a buscar esse dia da
liberdade. Mas esse dia já estava sendo buscado há muito tempo!
Então,
essa luta, Ver. Delegado Cleiton, essa luta dos negros, que vivem neste país, é
uma luta nossa, nossa e de todo o País! O que nós pedimos é: igualdade,
educação, saúde e segurança. Obrigado, Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Clàudio
Janta está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR. CLÀUDIO JANTA: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs.
Vereadores, membros desta Casa, há quatro anos, na Tribuna Popular,
representando a força sindical, eu
ocupei esta tribuna, e, naquela época, Ver.ª Fernanda, em nome da central, eu
pedi que esta Câmara de Vereadores fizesse uma CPI do transporte coletivo em
Porto Alegre. Eu acho que, mediante os fatos publicados, hoje, na imprensa, e o
relato que o Ver. Pedro Ruas fez, nesta tribuna, acho que os negócios no
transporte em Porto Alegre realmente estão fora de linha, estão fora do
trânsito, estão fora da faixa. Eu acho que é imprescindível que esta Casa
assuma uma posição, ou veremos o mesmo que houve com a questão do reajuste da
passagem, quando o Tribunal de Contas teve que assumir uma postura, uma
posição, provocado pelo Ver. Pedro Ruas e pela Ver.ª Fernanda Melchionna.
Eu
acho que nós não podemos esperar a justiça ou qualquer outro órgão abrir essa
caixa da Pandora e essa pouca vergonha que é a questão do transporte coletivo
em Porto Alegre. Nós presenciamos todos esses fatos e apresentamos, aqui, nesta
Casa, também, no ano passado, um projeto – que está na Ordem do Dia para ser
votado – que cria a agência reguladora de serviços públicos, diretos ou
delegados, prestados pelo Município de Porto Alegre. Nós temos certeza que essa
agência, Prefeito Villela, irá ajudar um pouco, a melhorar a transparência
nesses serviços públicos prestados, nesses serviços públicos que o nosso
Município tem parceria, a exemplo: a Anvisa, Anatel, Aneel e outras agências.
Até aqui no nosso Estado, nós tivemos o prazer de ter o Prefeito Villela como
membro de uma agência reguladora, então, tem essa experiência, e é
imprescindível que o nosso Município, para conter essas demandas de serviços
que o Município concede para outros, tenha essa agência que controle e faça a
fiscalização desses serviços públicos. É imprescindível que enquanto isso, essa
Casa tome uma posição.
Outra
questão que eu venho usar o tempo de Comunicação de Líder, é uma notícia que
está nos jornais de hoje, senhoras e senhores Vereadores, que os grandes fundos
de pensões que compraram empresas de telefonia, foram sócio do Eike Batista,
que participam de várias questões que geram lucro, dividendos do capital neste
País, os grandes fundos de pensões estão com déficit de vinte e dois bilhões. E
foram aonde pedir ajuda? No Governo. Foram onde pedir ajuda? Na Previdência
Social! É uma vergonha isso! Fundos de pensões que ganharam milhões e bilhões e
bilhões de reais, de dólares, fundo de pensão como o Fundo da Petrobrás, como o
Fundo do Banco do Brasil, que patrocina e dá prêmio em reality show; a Previ dá prêmio em reality show, como o Fundo da Caixa Econômica Federal, estão tendo
prejuízo. Não aparece aqui Ver.ª Lourdes; estão tendo prejuízo. E aí querem que
a Previdência Social brasileira, que os trabalhadores brasileiros que sofrem
com o famigerado fator previdenciário façam o aporte para os Fundos. Mas que
vergonha é essa? Onde é que nós estamos? Aplicaram em telefonia, aplicaram em
transporte, aplicaram no metrô, aplicaram na estação de petróleo, aplicaram em
várias questões, investimentos imobiliários e agora os fundos de pensão querem,
Ver. Mauro, que a viúva contribua para manter a sua lucratividade e para
conseguir honrar seus compromissos com seus afilhados. Isso é uma vergonha,
isso é mais um disparate, porque
falta regulamentação, falta fiscalização em alguns setores públicos, que
principalmente acham que o erário, o erário do povo pode ser dilapidado. Com
força e fé, nós vamos seguir lutando para melhorar a vida dos trabalhadores e
de suas famílias.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Obrigado, Vereador.
Apregoo o Memorando nº
017/2014, de autoria do Ver. João Derly, que solicita representar esta Casa no
evento Apresentação da cidade de Porto Alegre como sede de aclimatação aos
Jogos Olímpicos de 2016, no dia de hoje, na Sede Social da Sogipa.
O Ver. Bernardino
Vendruscolo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr. Presidente, Ver. Professor Garcia; Sras. Vereadoras, Srs.
Vereadores; realmente, Presidente, falo em nome do PROS. Quero lembrá-los que,
no sábado, o jornal O Sul publicou um artigo que diz o seguinte: “Ciro Gomes
acusa o próprio partido de querer ‘colocar um corrupto’ em ministério. [E vai
além] Um dos principais nomes do PROS, o Secretário de Saúde do Ceará, Ciro
Gomes, acusa o seu próprio partido de chantagear a presidenta Dilma Rousseff
para ‘colocar um corrupto’ no Ministério da Integração Nacional”.
Pois eu quero
cumprimentá-lo, Seu Ciro Gomes, porque é assim que nós temos que agir, Ver.
Cecchim, que, na semana passada, me acompanhou numa questão muito parecida e
que diz respeito ao mesmo assunto. Nós temos que ter coragem de nos indignar e
de denunciar, ainda que essa denúncia venha do próprio Partido. Não dá mais
para silenciar. Não há mais espaço para silenciar. É por isso que eu quero
cumprimentar o jornal O Sul, cumprimentar hoje também o Jornal do Comércio, na
pessoa do Sr. Fernando Albrecht, porque nós temos que denunciar e assumir a
responsabilidade de cada um, custe o que custar, doa ou não, mas denunciar,
tomarmos
posições de cada um de nós, porque são focos de corrupção que estão em todos os
segmentos da sociedade; dentro dos partidos, em todos os segmentos tem. O que
há, na sociedade, é uma certa covardia duma grande maioria em denunciar esses
corruptos. É por isso, Presidente, que eu quero cumprimentar o Dr. Ciro Gomes
por ter coragem de fazer essa sinalização, assumindo, de forma direta, a
responsabilidade de denunciar membros interesseiros, comerciantes do próprio
Partido. Os senhores nunca me viram, durante esses anos, vir aqui acusar um
Partido como um todo, nunca! E nunca vão ter oportunidade de ver ou ouvir,
porque eu não farei. Tenho convicção de que pessoas do bem, sérias,
responsáveis existem e estão em todos os Partidos. Agora, quando alguém se
dispõe a fazer esse tipo de denúncia, temos que exaltar, registrar, porque o
que mais falta, Vereador, é coragem para fazer o que o Sr. Ciro Gomes fez.
Outro dia, eu disse desta tribuna que o PROS
está sendo aberto nos Municípios do Interior do Estado e está tendo muita
dificuldade, porque impus a condição da ficha limpa para alguém presidir. Venho
tendo dificuldade, venho! Mas cada um sabe do seu dever, e nós vamos seguir
nesse caminho. É o mínimo que temos que fazer para darmos a contribuição
necessária para a própria democracia. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Delegado Cleiton está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. DELEGADO
CLEITON:
Sr. Presidente, Srs. Vereadores, funcionários desta Casa, senhores e senhoras
que nos assistem aqui e pela TVCâmara; hoje venho aqui fortalecer as palavras
do companheiro Ver. Tarciso sobre o dia de amanhã, dia 13 de maio. Essa data
que, há algum tempo, alguns tentam esquecer, direcionando para as festividades
do dia 20 de novembro, como sendo uma data de lutas, nós gostaríamos de
fortalecer. Creio que não podemos deixar para trás nenhum tipo de comemoração que
afirme essa necessidade de visibilidade da raça negra no Brasil e no mundo.
Viemos presos dentro de um navio negreiro, atravessamos o oceano, viemos para
terras que eram desconhecidas até mesmo para os que nos escravizaram. Esse 13
de maio tem uma luta por trás, uma luta de grandes abolicionistas, uma luta de
homens e mulheres que tinham a noção de direitos humanos, tinham a noção de
respeito ao próximo, então, nós não podemos deixar passar em branco essa data.
E sobrevivemos; foram 500 anos sob uma lei que nos largou nas ruas, ao léu, sem
direito a nada, com uma mão na frente e outra atrás. Hoje estamos aqui, cada
vez mais fortalecidos porque a luta fortalece, a luta pelo que se acredita
fortalece, principalmente a luta pelos direitos que são primordiais, como o
direito de convivência de irmãos.
Senhores, hoje ouvi um programa na rádio Gaúcha,
em que várias pessoas participaram por e-mail
e telefonemas criticando as quotas, dizendo que era mais uma política de
discriminação. E é uma política de discriminação! Nós temos um projeto aqui na
Câmara sobre cotas, 20% para os concursos públicos municipais – é discriminação
sim! É discriminação até o momento em que, realmente, estivermos iguais em
todos os setores da sociedade; até o momento em que as escolas e as faculdades
tiverem seus bancos preenchidos por metade negros e metade brancos; até o
momento em que os cargos públicos, as Secretarias, os postos de saúde...
Dr. Thiago, esses dias eu fui a um hospital e vi
uma médica negra. Que felicidade! E as pessoas que estavam ali falavam muito
bem da atuação daquela profissional. Então, pessoal, é importante, sim, para
que não tenhamos mais 13 de maio, 20 de novembro, 14 de abril, 21 de março,
outras datas a favor dos negros e contra o racismo. Que se façam políticas
públicas dignas, amplas e com uma visão bem maior para que não precisemos estar
aqui lembrando o 13 de maio. Que atos como o de pegar uma banana que jogam no
campo e comer – e a mídia dizer que é normal – “Somos todos macacos” – não se
repitam mais. Aí é dizer que somos desiguais realmente, aí é dizer que não
existe racismo. E existe!...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Presidente concede tempo para o término do
pronunciamento.)
O SR. DELEGADO
CLEITON: ...Quem
nunca sofreu a discriminação de ser perseguido numa loja ou num mercado? Quem
nunca sofreu a discriminação de ir para a parede tomar atraque por ser negro?
Quem nunca sofre a discriminação de não poder galgar um espaço, ou um cargo
melhor dentro da sua função, ter que fazer bem melhor e bem melhor? Quem nunca
passou por instituições, como a minha, que tem anos, e nunca teve um chefe de
polícia negro, assim como a Brigada Militar, centenária, que nunca teve um
comandante negro? Nas Secretarias do Governo do Estado e do Governo Municipal
não existe um Secretário negro! Não me venham dizer que é por falta de
competência, eu creio que seja por falta de visibilidade. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Airto Ferronato está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. AIRTO
FERRONATO:
Meu caro Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, senhoras e senhores; o leite que se vende aqui na cidade de Porto
Alegre e no Estado do Rio Grande do Sul. O leite. Eu estou apresentando um
projeto aqui na Câmara.
No dia 9 de maio passado, constou na capa do
jornal Zero Hora: “Em 8 de maio de 2013: água e ureia com formol foram
adicionadas ao leite; em 22 de maio: contaminação com água e ureia foi
detectada em outras três cidades; em 7 de novembro: água oxigenada foi
encontrada em amostras noutra cidade; em 14 de março deste ano: operação em
nove cidades achou água, ureia com formol e suspeita de soda cáustica; ontem:
soda cáustica e bicarbonato de sódio adicionados ao produto foram identificados
no Vale do Taquari.”
O Correio do Povo publicou o seguinte na coluna
da Taline Oppitz, entre outras coisas: “Foi contundente a juíza de Teutônia,
Patrícia Neto, na decisão em que deferiu os pedidos de prisão e busca e
apreensão. Segundo ela, trata-se de envenenamento em massa, beirando o
genocídio, contra os consumidores de leite e seus derivados, um crime hediondo
com consequências graves e sérias à população.”
O Jornal de Comércio: “Amostras de produto
inspecionado apontam a presença de água e leite azedo. Estão colocando à venda
produto em estado de deterioração causada pela proliferação de
micro-organismos.”
O Metro: “Os promotores do Ministério Público
acreditam que pelo menos um milhão de litros de leite foram fraudados.”
O Sul: “O Sindilat condena veemente qualquer
tipo de fraude. A Associação Gaúcha de Supermercados está orientando os
associados a interromperem imediatamente a comercialização desse tipo de
leite.”
No Diário Gaúcho, o Sérgio Zambiasi diz: “Leite
ou lixo? Teve gente presa e condenada até 18 anos, mas parece que nem as mãos
pesadas da polícia, do Ministério Público e do Tribunal de Justiça foram
suficientes para barrar a ambição desmedida de certas figuras do setor.
Meus
caros e estimados colegas Vereadores, estão vendendo, em Porto Alegre, leite
podre, envenenado! E o cidadão e a cidadã, mães e pais, comprando para seus
filhos, seus netos, bebês, crianças, idosos e adultos. E nós não podemos nos
calar. Está demais! Se insistentemente é praticado esse tipo de crime,
precisamos tomar medidas. Estou apresentando um projeto que diz que todo
estabelecimento que vende leite para consumo familiar ou deixa de comprar esse
leite podre ou coloca uma placa lá na estante dos leites dizendo “tais marcas
adulteraram o leite”. Vamos informar, Ver. Pedro Ruas, o cidadão e a cidadã de
Porto Alegre. Todos - o mercado, o supermercado, o armazém, a padaria - vão
colocar esse tipo de placa ou cartaz, salvo se não comprar mais essas marcas de
leites que já foram insistentemente divulgadas em relação a esse tipo de crime.
Não podemos nos calar e permitir – repito – que vendam soda cáustica para os
nossos pais e para os nossos filhos tomarem.
Aliás,
eu tenho o exemplo da minha mãe, que muito rapidamente veio a falecer, que
tomava bastante leite.
Vamos
tomar medidas, não podemos nos calar! Um abraço. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. ALBERTO KOPITTKE: Presidente, protocolei, em agosto do ano
passado, um Pedido de Informações ao Sr. Prefeito, perguntando sobre o
Orçamento para crianças e adolescentes do nosso Município no ano de 2013 e
sobre o que estava programado para 2014. Até o momento, apesar de a Casa ter
feito cinco reiterações, não tive nenhuma resposta. E, tendo em vista a lei,
estamos aqui tratando de crime de responsabilidade. Então, eu gostaria de pedir
apoio do Líder do Governo para que tenhamos resposta desse Pedido de
Informações, o qual já foi reiterado pela Casa cinco vezes. Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Feito o registro. A Ver.ª Sofia Cavedon
está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Vereador-Presidente, Srs. Vereadores e
Sras. Vereadoras; Ver. Alberto Kopittke e Ver. Mauro Pinheiro, os quais
agradeço e me esforço aqui por representar a nossa Bancada do PT aqui presente,
além do Ver. Sgarbossa e do Ver. Engº Comassetto. Muito tem se dito sobre o
Bolsa Família neste Brasil. Primeiro que era uma política clientelista, uma
política eleitoreira, uma política reciclada, reinventada do ex-Presidente
Fernando Henrique porque tinha o bolsa gás, porque havia algumas bolsas que
foram unificadas numa grande política.
Chegou
à minha mão o livro que me parece que é um testemunho bastante significativo da
alteração que um programa que, nas palavras do nosso ex-Presidente Luiz Inácio
Lula da Silva, foi um programa que resultou da deliberação do Governo Federal
de colocar no Orçamento público as necessidades da população mais pobre deste
País, e de atender a luta histórica do povo brasileiro contra a fome e a
miséria, e de desdobrar e dar concretude à ideia de que não nos servia mais um
Brasil rico que continuasse acumulando riqueza e convivendo com a dor da fome e
da miséria humana, que era a história do nosso Brasil.
O
Bolsa Família foi pensado para que ele fosse, na verdade, um grande mobilizador,
seja da economia local, seja da dignidade das pessoas, seja da organização das
famílias, porque uma família que vive de manhã para buscar o recurso para viver
durante o dia, e acorda no outro dia e não consegue e faz a mesma coisa, não
consegue fazer planejamento, não consegue projetar a esperança. Mas o Bolsa
Família mais do que isso, vinculado ao aporte de tecnologia, de formação, de
trabalho, de escola, de atendimento em escola, faz uma revolução no povo
brasileiro. E quem afirma isso, neste livro que a “Libretos” editou, (Mostra
livro.) editora conhecida por todos vocês aqui no Rio Grande do Sul, um livro
belíssimo, não só de textos, mas de imagens desse novo rosto do Brasil, e que
não é importante um rosto, uns poucos rostos de “laranja de amostra”, mas
trata-se de 20 milhões de famílias no Brasil, são: a Mestra em História Social
e do Trabalho pela Universidade Estadual de Campinas, Ana Fonseca; a Ellen
Oléria, atriz formada em Brasília, cantora e compositora; Leandro Roque de
Oliveira, Emicida, considerado um dos maiores artistas do hip-hop do Brasil; Jorge Mautner, cantor, compositor, escritor e
cineasta; Fernando Anitelli, brasileiro de Prudente, São Paulo, escritor,
responsável pela criação do grupo Teatro Mágico João Cândido Portinari; José
Borges um dos principais nomes da literatura de cordel; Tata Amaral; Siron
Franco, que não precisa dizer quem é; Valdemir Cunha; Edu Simões; Marcelo
Cúria; Rafael Guimarães é o organizador, o grande escritor Rafael Guimarães.
Nestes textos nós testemunhamos, estão testemunhadas em fotos histórias de vida
que os novos filhos deste solo, e uso as palavras de José Paes de Lira. (Lê.):
“Os novos filhos deste solo nascem rasgando a concepção de sociedade que ali
foi implantada. Sabem que o seu lugar é rico, economicamente viável. Um futuro
escandalosamente próspero”.
Então,
eu quero trazer este testemunho e sugerir que este belo livro “Os filhos deste
solo: olhares sobre o povo brasileiro”, seja um livro a ser observado, porque
ele trata de testemunhos da transformação do sul ao norte e nordeste deste
País, transformação impulsionada por esse potente programa, programa de Estado
e não de Governo, programa de mobilização, de dignidade social e que tem que
ser celebrado. E é celebrado pelo mundo inteiro como mais potente programa
produtor de dignidade humana, de igualdade e de enfrentamento da fome e da
miséria, e que faz história não só na vida de homens e mulheres do Brasil, mas
em todo o nosso grande planeta Terra.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): A Ver.ª Mônica Leal está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
A SRA. MÔNICA LEAL: Sr. Presidente, Ver. Professor Garcia;
Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores; pessoas que nos assistem aqui e através da
TVCâmara; nos últimos dias, eu me ative à leitura de matérias que saíram na
mídia impressa que falam muito sobre as redes sociais, sobre o que está
acontecendo na realidade. “Escalada de ódio nas páginas da Internet”, Jornal O
Sul; “Hacker entrou em perfis do Facebook e ameaçou vítimas”; “Sacrifícios
bárbaros”; “Facebook tem regras de conduta, saiba o que é proibido nele”. “Do
boato ao linchamento.”
Por
que eu falo isso? É muito simples: a conclusão a que eu cheguei após ler essas
matérias, e também acompanhar o que anda acontecendo nas redes sociais, é que a
Segurança pública do Estado, do Brasil inteiro deixa a desejar. E não é neste
Governo, é em todos os governos. A falência do Estado está declarada. É dever
do Estado prestar segurança a todo e qualquer cidadão. É o direito desse
cidadão. E o que ocorre? A descrença total desse povo para com as instituições.
E
como é que essas pessoas procedem no momento em que deveriam ir a uma delegacia
fazer uma ocorrência, mas nada acontece, não existe investimento nessa área da
Segurança, o efetivo é abaixo daquilo que nós necessitamos, não existe
policiamento ostensivo, não se faz segurança preventiva? O que é que as pessoas
fazem? Elas utilizam as redes sociais para levar os seus medos, para expor as
suas angústias, para discorrer das suas necessidades, e vão compartilhando
aquilo de uma maneira surpreendente, que tenta substituir, na cabeça dessas
pessoas, as autoridades policiais. Por outro lado, nós temos essa avalanche de
crimes hoje cometidos na Internet, que são ameaças, que são linchamentos, são
trabalhos que vêm sendo incitados, que vêm feitos dia após dia. E isso, como
jornalista, claro que me fere mortalmente, porque nós, que cursamos a Faculdade
de Comunicação, temos plena consciência da importância da responsabilidade de
soltar uma notícia, de checar a informação, de não colocar nada que possa ferir
a sociedade, que possa trazer algum prejuízo, que possa incitar.
Então,
eu hoje subo a esta tribuna para compartilhar com vocês o meu sentimento imenso
de que a descrença das pessoas nas instituições públicas tem levado as mesmas a
usar redes sociais a expor seus medos, angústias e revoltas, inclusive fazendo
versão dos fatos. E o que nos coloca a todos em risco.
Nos
dias atuais, eu sei muito bem, e os senhores também, a liberdade de expressão é
um dos grandes direitos democráticos das pessoas, que podem sair por aí dizendo
livremente o que bem entenderem – se é que isso é um direito. E todos sabem que
nada acontece, a não ser se for incitada a Justiça.
Eu
trago para reflexão esta questão do Facebook, que tem regras hoje de conduta:
saber o que é proibido nele, que foi algo muito falado, discutido, que foi
trazido pelo Governo Federal agora. Por que isso ocorreu? Isso é a falência, é
a falta de autoridade que nós vemos no Brasil afora, que está acontecendo.
Era
isso, senhores e senhoras, que eu queria trazer neste momento. Obrigada, Sr.
Presidente, respeitei o meu tempo.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Obrigado, Vereadora, sempre atenta. O
Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. IDENIR CECCHIM: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs.
Vereadores, eu estava escutando a Ver.ª Sofia Cavedon, fazendo uma lista das
benesses que este Governo faz. E me chamou atenção o número de 20 milhões de
famílias, Ver. Villela. Com 20 milhões de famílias, se nós fizermos uma média
de três pessoas por família, só três... Tem muito mais no Brasil, a média é
muito mais, são 60, 70 milhões de brasileiros beneficiados pelo Bolsa Família.
Numa população de 200 milhões, veja quantos por cento estão sendo pagos para
votar na Presidenta Dilma e ter votado no Lula também.
Esse
negócio de ter pouco emprego, agora eu descobri por que é, Ver. Janta! Estão
todos empregados no Bolsa Família, então o índice de desemprego fica deste
tamanhozinho. Empregados no Bolsa Família, não sei por que a Justiça Eleitoral
nunca viu isso, que isso é corrupção eleitoral continuada. E assim vai o
Brasil.
Eu
queria falar de um assunto da Paróquia hoje. Eu li uma notícia que, no mês de
abril, 71% a menos de alvarás foram concedidos na cidade de Porto Alegre. Eu
acho que está na hora de tomarmos uma atitude, pois a lei estadual de autoria
do Adão Villaverde ainda não foi regulamentada, não está valendo. Ela só
está valendo para Procuradoria do Município, e o Município de Porto Alegre está
abrindo mão de usar a sua lei, que ainda está vigendo, para liberar atividades
econômicas no Município de Porto Alegre, Ver. Janta. Isso é uma covardia do
nosso Município!
O
que aconteceu? Um ou dois ou cinco advogados oficiais do Corpo de Bombeiros
acharam que estava vigendo a lei, e não está. E, segundo notícias, a
Procuradoria também achou, mas achou errado, porque a lei está clara que só
entra em vigor depois de regulamentada seis, sete, oito meses. E dá uma série
de razões para que não aconteça o que está acontecendo. Então, eu queria chamar
a atenção do Secretário da Indústria e do Comércio, do Secretário de Urbanismo,
do Prefeito, do Vice, de todos, porque esta lei está trancando a cidade de
Porto Alegre, está trancando quem quer empreender, está trancando profissões.
Salão de beleza não é mais licenciado, e dizer que está faltando o PPCI!
É
verdade que está na hora de o bombeiro tratar do PPCI, mas o bombeiro tem que
tratar de cuidar de incêndio. Burocracia não é para o bombeiro! Nós estamos
cheios de burocratas, e não é possível que se faça o que se está fazendo na
cidade de Porto Alegre e, certamente, em outros Municípios: utilizando uma lei
estadual que ainda não está em vigor, que ainda não tem regulamentação. Isso é
uma covardia dos Municípios, que se valem dessa lei para não dar alvará. Volto
a dizer: isso é covardia, seja no nosso Município, seja nos outros. Está na
hora de cuidarmos de quem quer empreender, de quem quer trabalhar, de quem
precisa renovar o seu alvará. Ninguém está pedindo para trabalhar
clandestinamente. As pessoas querem trabalhar com alvará, mas os nossos
responsáveis por esse setor, nos Municípios do Rio Grande - e eu falo por Porto
Alegre -, estão lavando as mãos. Eles são o Pôncio Pilatos moderno. Eles têm
escolha, mas não querem assumir essa escolha, e os nossos munícipes estão ao
léu da nossa legislação, das nossas Secretarias, porque estão seguindo uma lei
- que ainda não está regulamentada e que não está vigendo - por palpite de
alguns advogados oficiais do Corpo de Bombeiro e por palpite de alguns
procuradores do Município, porque a lei não está vigendo.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Obrigado, Ver. Idenir Cecchim.
Passamos
ao
GRANDE EXPEDIENTE
O
Ver. Mario Fraga está com a palavra em Grande Expediente.
O SR. MARIO FRAGA: Ver. Professor Garcia, Presidente da
Casa; Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, público na galeria, público que nos
assiste pela TV Câmara, Professor Garcia, só para informar Vossa Excelência,
após o meu pronunciamento, o Ver. Dr. Thiago Duarte falará em função de uma
troca feita com o Ver. Márcio Bins Ely. Então, o segundo orador em Grande
Expediente será o Dr. Thiago Duarte.
Hoje,
no Grande Expediente, nesses 15 minutos que nós temos, podemos prestar conta do
nosso trabalho, das nossas tarefas, do que temos feito pela cidade de Porto
Alegre.
Quero
fazer uma saudação especial à nossa ex-colega da Casa, que está aqui nos
visitando, a Deputada Federal Manuela D’Ávila, que está fazendo um belo
trabalho lá em Brasília, que já estive acompanhando, assim como dos demais
Deputados Federais do Estado do Rio Grande do Sul.
Queria
falar, num primeiro momento, do nosso projeto chamado Gabinete Itinerante do Ver.
Mario Fraga, que já está há mais de cinco anos visitando algumas regiões, das
quais farei o relato das últimas. Lá no Jardim Lindóia, estivemos visitando uma
praça, a pedido da comunidade; estivemos na Cefer 2; lá na Restinga; no
Camelódromo, no qual conseguimos, junto com o Secretário de Indústria e
Comércio, Dr. Goulart, que fosse colocada uma cerca, porque infelizmente esteja
ainda parado, já estava sendo invadido.
Estivemos
na Ponta Grossa, no Chapéu do Sol e adjacências, onde será feita uma obra que
já estava há muito tempo no Orçamento Participativo e, agora, a comunidade da
Ponta Grossa foi contemplada. No Chapéu do Sol, estivemos visitando a Escola
Municipal Infantil Chapéu do Sol, junto com a creche da nossa amiga Deise, que
foi entregue no ano passado e hoje tem mais de cem crianças que estão tendo uma
excelente atividade, até porque a creche é ao lado da escola e ao lado da Praça
Chapéu do Sol. Ficamos muito contentes com o trabalho que a Deise está fazendo
lá na Creche Chapéu do Sol.
Da
mesma forma, na Vila da Amizade, onde a tem a Creche Nossa Senhora de Belém,
que é cuidada pela Janine. A Janine faz um excelente trabalho lá, que está
desenvolvendo em duas partes, junto com suas colegas professoras: na creche
propriamente dita e na outra casa, fazendo um projeto para as crianças menores
de quatro anos.
E
a Escola Tancredo Neves, para nossa satisfação, também, uma escola ali na nossa
região, Professor Garcia, graças a Deus, começaram as obras, foi dado início a
uma obra de R$ 3 milhões. Depois que falei diversas vezes aqui nesta tribuna
sobre a Escola Tancredo Neves, pedi ajuda à Ver.ª Sofia Cavedon, tivemos uma
audiência lá - a assessora da Ver.ª Sofia esteve junto conosco - pedimos ajuda
para os Vereadores do Partido dos Trabalhadores, e, por fim, Professor Garcia,
deu certo: a Escola Tancredo Neves está sendo recuperada. Um pavilhão estava
fechado há mais de cinco anos, e, agora, uma obra de R$ 3 milhões já iniciou,
beneficiando aquela comunidade do Jardim Urubatan e adjacências do bairro Ipanema.
Com
relação ao posto de saúde, estivemos lá no final do ano, estamos aguardando
ainda, Dr. Thiago, o posto de saúde Belém Novo. Estivemos lá, fizemos uma
reunião – eu e os Vereadores Dr. Thiago e Paulinho Motorista – com a
comunidade, com o Tadeu. Estamos aguardando ainda, já que lá em Belém nos
perdemos o período de atendimento das 18 às 22h. Estamos solicitando. Eu já fiz
a minha solicitação; o Dr. Thiago tem lutado bastante por isso; e o Ver.
Paulinho entrou nesta luta conosco, então estamos trabalhando em cima disto,
esperamos ainda dentro deste ano, recuperar o terceiro turno no posto de saúde
no Belém Novo.
Também
estivemos na orla de Ipanema, juntamente com o pessoal do DMLU, em especial,
com o Paulo Roberto, fazendo uma visita. Havia alguns focos de lixo. O Paulo
Roberto, junto com o Diretor André Carús e o Sr. Osmar, um grande batalhador do
DMLU, estiveram lá e fizeram a limpeza na orla de Ipanema. Depois fizemos,
através do meu gabinete itinerante, várias visitas com as equipes - são duas equipes:
uma de gabinete e outra que atua só na comunidade.
Estivemos
no Beco da Vitória, onde, por fim, depois de muito tempo, conseguimos terminar
aquela obra; há mais de 20 anos, a comunidade lutava por isso. Faltava apenas
um pedaço de 400 metros, mas, felizmente, o Governo Fortunati, junto com o
Secretário Municipal de Obras e Viação, Mauro Zacher, à época, conseguiu
terminar essa obra, que hoje faz a ligação do bairro Lageado ao bairro Boa
Vista e adjacências, e vai para o Lami, completamente asfaltado. Era um pedido
da comunidade há mais de 20 anos.
Lá
no Arado Velho, fomos ver uma obra que foi conquistada no Orçamento
Participativo, uma obra de R$ 8 milhões, Ver. Brum, uma obra muito bonita, que
a comunidade esperou, na frente do CTG Lanceiros da Zona Sul. Uma obra com
blocos de concreto intertravados, que não tem problema de chuva - está pronta,
já foi inaugurada. A obra, realmente, foi um trabalho que a comunidade
conseguiu no Orçamento Participativo. Também com o gabinete itinerante,
estivemos na Vila Farrapos, fazendo visitas às 19 praças, que foram
implementadas quando o atual Presidente da Câmara, o Ver. Professor Garcia,
ainda estava à frente da SMAM. Tivemos alguns pedidos para que sejam cuidadas
as praças; algumas estão precisando, especialmente, de limpeza, porque, na
verdade, são muitas praças juntas naquela comunidade. Nós estamos precisando,
então, de limpeza. Já falei a respeito, e o Dr. André Carús, nosso colega Vereador que está à
frente do DMLU, tem nos atendido sempre.
E,
na penúltima visita, estivemos na praça de Belém Novo, Ver. Alceu Brasinha, lá
na Praça Inácio Antonio da Silva, na frente da igreja, junto com o Sr. Délcio,
que é o novo supervisor da Secretaria Municipal de Obras e Viação - SMOV,
mostrando o local e fazendo um pedido que a comunidade Belém Novo tem feito
para nós, que é colocar um piso na praça, principalmente onde as pessoas fazem
as exposições de artesanato no Dia das Mães, na Páscoa, etc. Na Feira do Peixe
que teve lá, agora, Ver. Professor Garcia – foi V. Exa. que fez a festa, não é?
–, naquele espaço, estamos conseguindo colocar calçamento. A comunidade que
frequenta o local e a Feira do Peixe, que V. Exa. conseguiu colocar no
calendário de eventos de Porto Alegre, serão beneficiadas com certeza. Então
estaremos lá, no próximo final de semana, junto com os engenheiros – o
supervisor já esteve no local –, na praça de Belém Novo, tentando colocar esse
calçamento. Também solicitamos que sejam blocos intertravados, para que não
seja asfalto na praça, porque nós e a comunidade não queremos o asfalto nesta
praça.
Nós
criamos, aqui, neste ano e no ano passado, algumas leis. É difícil para o
Vereador fazer uma lei, fazer com que passe em todas as Comissões e seja
aprovada. Para a minha satisfação, hoje, Prof.ª Sofia Cavedon, casualmente foi
apregoada uma nova lei minha, que é a última – V. Exa. sabe como é difícil a
gente fazer – e que vai beneficiar as crianças, Ver.ª Sofia Cavedon. Tenho
certeza que vou contar com o seu apoio. As crianças, agora, em 2016, serão
obrigadas, aos quatro anos, a frequentarem a escola; mas tem muitas crianças
que já frequentam escolas. Eu nem ando muito de ônibus, Ver. Paulinho, mas a
gente vê as mães mandando as crianças passar por baixo da roleta. Então hoje
foi protocolado aqui na Casa um projeto de lei que altera a lei da passagem
escolar, colocando as crianças de quatro anos como beneficiárias desse bilhete
da passagem escolar. Então, a partir de hoje, começa tramitar na Casa. Eu
espero em seguida, ainda dentro desse ano, aprovar essa lei para que as
crianças de quatro anos não tenham mais que se abaixar na roleta, Ver. Clàudio
Janta, que defende o trabalhador como sempre aqui. Então, hoje aqui já peço o
apoio. Vai entrar nas Comissões. Eu acho que é uma lei importante para as
crianças e para a comunidade em geral; que a gente possa aprovar o mais rápido
possível essa lei que vai beneficiar as crianças dos quatro aos seis anos.
Hoje, está em vigor a lei que dá direito à passagem escolar, apenas para as
crianças a partir dos seis anos. Com a minha lei, o direito passa a ser a
partir dos quatro anos - então, este projeto já está na Casa, Hoje foi
apregoado, casualmente no dia que eu falo em Grande Expediente. Eu fico muito
contente. Por outro lado, a gente faz algumas leis: eu fiz a lei do incentivo
do esporte, aprovada no fim do ano, que o Prefeito tende a sancionar agora. O
futebol amador, o esporte amador, todos nós vimos aqui que cada dia precisa
mais de ajuda. Então, espero que o Prefeito Fortunati regularize a nossa lei do
incentivo ao esporte amador.
Também
para homenagear uma comunidade que luta muito, Ver. Tarciso, a comunidade do
Campo da Tuca. Às vezes a gente fala no Campo da Tuca. O Ver. Clàudio Janta tem
uma grande inserção lá, não é Janta? Estivemos lá na campanha. Acho que todos
os Vereadores têm alguma coisa sempre a ver com o Campo da Tuca. Então, também
já está para ir à votação agora, o dia do baile funk. A pedido exatamente daquela comunidade, o dia 09 de junho
deve ser o dia do baile funk na
cidade de Porto Alegre.
O Sr. João Carlos Nedel: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Ilustre Ver. Mario Fraga, na semana passada V. Exa. falou em
liderança e fez um relato do que estava acontecendo lá no bairro Belém Novo,
bairro onde Vossa Excelência é a grande liderança. Eu gostaria de ter lhe feito
um aparte, mas não era possível porque era em período de liderança. Então, eu
quero cumprimentá-lo pelo relato do seu trabalho e também pelas coisas boas que
estão acontecendo lá no bairro. Nós precisamos divulgar o que realmente de bom
acontece em Porto Alegre, e V. Exa. tem feito um excelente trabalho. Meus
cumprimentos.
O Sr. Alberto Kopittke: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Ver. Mario, perdão me intrometer aqui no relato das ações do seu
mandato, mas como Presidente da nossa Comissão de Defesa do Consumidor,
Direitos Humanos e Segurança Urbana, eu não poderia deixar de saudá-lo e de
destacar a sua presença em todas as atividades da nossa Comissão, sempre de
forma muito ativa e propositiva pela luta da Segurança pública e dos direitos
humanos na nossa Cidade. Muito obrigado pela sua participação, sempre ativa na
nossa Comissão.
O SR. MARIO FRAGA: Muito obrigado, Ver. Alberto. Eu já tinha
falado outras vezes sobre o trabalho que V. Exa. tem feito na presidência da
Comissão, tenho certeza de que vai dar resultado. Estava aqui na minha lista
para relatar também, para minha satisfação, que, através do convite da
CEDECONDH, consegui conhecer o Presídio Central, numa visita que fizemos lá;
fui ao Instituto Psiquiátrico Forense; estive na FASE, uma FASE que eu já
conhecia um pouco, e em outros lugares - o Ver. Alberto está focando o trabalho
da CEDECOND nessa área. Acho que tem sido muito importante para isso.
Agora,
por fim, eu queria dizer que, para a nossa satisfação, Vereadores Dr. Thiago,
Paulinho e, em especial, Pujol, que não está neste momento, mas já falei com
ele hoje, hoje o juiz libera... E aí, sim, os Vereadores da antiga aqui, mais
experientes, como o Ver. João Carlos Nedel, Ver. Nereu, Ver.ª Sofia, sabem da
minha luta pelo lotação de Belém Novo, Ver. Professor Garcia, e pelo o lotação
para a Restinga -, uma luta antiga também do Ver. Reginaldo Pujol. Quando
entrei nesta Casa pela primeira vez, em 1989, o Pujol já falava no lotação para
a Restinga; depois, em 1992, eu ganhei mandato titular, Dr. Thiago. Para a
minha satisfação, e hoje nós falamos em Grande Expediente, hoje o juiz libera
os lotações para Belém Novo. Então, a partir de hoje, o consórcio que ganhou os
lotações terão 90 dias para assinar o contrato e, depois de assinado o
contrato, que pode ser de hoje até 90 dias, Ver. Paulo Brum, terá 120 dias para
implementar o lotação em Belém Novo. Então, meus amigos, em especial, os amigos
do Extremo-Sul, Restinga e Belém Novo e por onde vai passar o lotação, parece
que o nosso sonho está virando realidade, e, no mais tardar, até o final do
ano, teremos lotação na Restinga, em especial em Belém Novo. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Obrigado, Ver. Mario Fraga. O Ver. Dr.
Thiago está com a palavra em Grande Expediente, por cedência de tempo do Ver.
Márcio Bins Ely.
O SR. DR. THIAGO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Ver.
Mario Fraga, foi um grande parto o Beco da Vitória! E de parto eu entendo! Sem
dúvida nenhuma, uma obra muito importante para aquela região.
O Sr. Bernardino Vendruscolo: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Vou aproveitar o parto, porque V. Exa. é médico, e fazer uma
pergunta. Por que, quando vamos a um médico, a maioria deles pergunta o teu
estado civil, se é casado ou solteiro? Eu estou preste a fazer o exame de toque
e estou preocupado se, quando eu for nesse médico, ele vai perguntar se sou
casado ou solteiro. Parece brincadeira, mas o que importa para o médico isso escrito
na ficha, se é casado ou solteiro? Tenho curiosidade, porque acho que essas
coisas são superadas. O senhor, como médico, certamente vai colaborar. Isso não
é um constrangimento, é uma mera dúvida. Por que tenho que dizer se sou casado,
separado ou solteiro? O que muda isso? Por favor.
O SR. DR. THIAGO: Quero lhe dizer, Ver. Bernardino, que
essas coisas fazem parte da anamnese subjetiva do médico. Às vezes é muito
importante, por exemplo, se, numa consulta, o médico identifica lesões
corporais, seja homem ou mulher, ele tem que pensar em violência doméstica,
principalmente se coabita com seu cônjuge. É um dos exemplos.
Mas
quero falar sobre as questões de saúde, Ver. Bernardino, o senhor abordou muito
bem. Quero agradecer o convite para ter participado, junto com o Sindicato
Nacional dos Aposentados, do Seminário sobre a Saúde do Idoso, na sexta-feira,
na Assembleia Legislativa. Isso tem muita relação com o que o Ver. Mario Fraga
falou aqui sobre os nossos postos de saúde e a necessidade que temos em abri-los
24 horas. Se não for possível, pelo menos no seu terceiro turno, Ver. Janta.
Para citar o exemplo que foi trazido aqui pelo Ver. Mario Fraga, o Posto de
Saúde Belém Novo, nos últimos três anos, executou 80 mil consultas, sendo que
30 mil foram no terceiro turno de atendimento. O terceiro turno possibilita que
o trabalhador possa levar o seu filho ao médico; o terceiro turno possibilita
que a unidade possa tecer ações preventivas na saúde do homem, porque senão o
homem não vai na Unidade de Saúde. Então, precisamos abrir o terceiro turno
pelo menos em um posto em cada região da Cidade, e não foi e não é o que está
acontecendo. Infelizmente, nós presenciamos, em dezembro, o fechamento da
Unidade de Saúde de Belém Novo, no seu terceiro turno.
Quero
dizer que tenho ficado muito preocupado com a questão do assédio moral aos
servidores da Secretaria Municipal da Saúde, muito preocupado. São diversas
denúncias, Ver.ª Fernanda Melchionna, diversas situações trazidas de vários
locais de atendimento em Porto Alegre - PACS, Bom Jesus, Unidades Básicas de
Saúde –, sem dúvida nenhuma, situações muito preocupantes, inclusive de
adulteração da folha-ponto desses servidores! O servidor trabalhou, por ter uma
foto ou alguém o viu na paralisação legal, num movimento legal de servidores,
ele é punido com falta. Isso realmente não pode acontecer.
O Sr. Clàudio Janta: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Duas questões que nós já encaminhamos nesta Casa, a primeira é esta
que o senhor fala sobre os descontos feitos a servidores que estavam
trabalhando, que fizeram procedimentos, sejam de atendimento, de consultas, de
curativos, prestaram serviço à comunidade e foram descontados no seu ponto
porque, depois do expediente, estavam em sinaleiras panfleteando, ou estavam
junto com seus colegas que estavam de folga e participando do movimento. Outra
questão, aprovamos nesta Casa, e não sei por que ainda não foi implementada, na
Lei de Diretrizes Orçamentárias, a abertura de 16 postos de saúde em Porto
Alegre até as 22h. Há verbas para isso, há pessoal para isso e até agora não
sabemos por que isso não está ocorrendo, e foi o que levou o nosso gabinete a
entrar com uma queixa junto ao Tribunal de Contas e ao Ministério Público,
porque é uma lei aprovada nesta Casa, e são a vida e a saúde das pessoas que
estão em jogo. Obrigado.
O SR. DR. THIAGO: Obrigado, Ver. Clàudio Janta. Realmente nos preocupa esta caça às
bruxas, e vamos, hoje, juntos com os sindicatos, com as organizações de classe
e de grupo, vamos, sim, ao Ministério Público do Trabalho para, efetivamente,
conversar sobre essas questões.
Agradeço
também pelo convite, foi muito profícuo o seminário de sábado sobre obesidade e
cirurgia bariátrica. Um seminário extremamente interessante, desenvolvido pelo
ONG que esteve aqui, a Gabsul, que contou com as mais diversas categorias
profissionais, tratando da questão da obesidade de forma completa e
transversal.
Muito
nos preocupa, Ver. Nedel, a questão da AFM, o senhor que tem a expertise,
porque era Presidente da COSMAM quando a AFM apresentou dificuldades no
passado. Quero lhe convidar, aqui de público, provavelmente esta semana, o mais
tardar semana que vem, voltaremos a fazer uma reunião na Comissão de Saúde e
Meio Ambiente para discutir essa questão. É importante que nós tenhamos
alternativas de atendimento para os servidores menos aquinhoados e não,
simplesmente, deixá-los sem atendimento.
Quero
elogiar, Ver. Janta, a questão vinculada ao Hospital da Restinga. Quero elogiar
os três entes federativos: o federal, o estadual e principalmente o municipal,
com relação à questão do Hospital da Restinga. Felizmente, agora, começa a sair
do papel, com o início da sua Emergência, com a instalação dos primeiros leitos
e com a possibilidade de ter um Centro de Especialidades. Aquela comunidade
brigou muito por isso, e sei que muitas pessoas ajudaram nesse processo. É
importante, Ver. Janta, que se tenha, no local onde é o pronto atendimento do
Moinhos, na Restinga, a manutenção daquele atendimento. E se for inviável, como
estão dizendo, que, pelo menos, se mantenha lá um atendimento público em saúde,
como por exemplo, um CAPS – Centro de Atendimento Psicossocial, que aquela
região muito precisa. Sem dúvida nenhuma, aquela comunidade está mobilizada
para isso. O mais interessante, o mais importante, até para que se pudesse
cumprir a lei que V. Exa. protocolou aqui, Ver. Janta, seria a manutenção
daquele pronto atendimento, que, sem dúvida nenhuma, faz a diferença naquela
região.
Não
vamos admitir – não vamos admitir! – que se mude a concepção de algumas
Unidades de Saúde. Existem em Porto Alegre algumas Unidades de Saúde que,
tecnicamente e filosoficamente, são Unidades Básicas de Saúde, que devem ser
providas por profissionais concursados do Município, que servem e atendem a território
aberto de população e que, sem dúvida nenhuma, são localidades nas quais não é
adequado colocar Equipe de Saúde da Família e se restringir o local de
atendimento. Todos os níveis de atendimento do PSF, da Unidade Básica de Saúde
ao hospital são importantes para um atendimento pleno e global dos pacientes;
nenhum é mais importante do que o outro, e é importante que isso seja
entendido.
Portanto,
a Unidade de Saúde da Macedônia, na Restinga, é uma das que devem continuar
sendo Unidade Básica de Saúde, que não pode ter o seu território fechado,
porque, senão, mais de 20 mil pessoas na Restinga Nova vão deixar de ter o
atendimento. Então, é importante fazer essa advertência, é importante fazer
essa colocação, para que, realmente, a população não fique mais uma vez
desassistida.
Finalizando,
eu gostaria de dar os parabéns para todo o nosso Setor de Fotografia. Sem
dúvida nenhuma, é muito importante este implemento que vocês, como servidores,
orientaram a Mesa Diretora do ano passado a introduzir, com esses equipamentos
– e, depois, teve o seguimento, importante e fundamental, que esta Casa sempre
tem, agora, na gestão do Professor Garcia e desta Mesa Diretora. Quero dizer
que vamos cobrar fotos com mais definição ainda e, sem dúvida nenhuma, situação em
que vocês têm toda a capacidade técnica para realmente executar. Parabéns! Isso
é fruto, sem dúvida, das reivindicações e do trabalho de cada um de vocês.
Finalizando, eu gostaria de mencionar, Ver.
Alberto Kopittke, que temos diferenças e eu acho que esta Casa pode ser o palco
e o cenário de algumas grandes discussões, porque temos diferenças de
pensamento. Ouvi o pronunciamento de V. Exa., ouvi suas colocações no que se
referem à maconha, à canabis. Nós
temos uma visão completamente diferente, democrática e diferente sobre esses
temas. Então, sem dúvida nenhuma, acho que esta Casa e nós podemos avançar
nesse tipo de discussão.
Caros colegas, eu quero finalizar, portanto,
dizendo e advertindo que efetivamente eu sou um médico. Sou um médico que estou
Vereador, e tenham a certeza de que não vou fugir a esse mister!
Termino, lendo um artigo (Lê.): “Que mal tem
você ter jurado um dia que quando tivesse todo o conhecimento recebido na
escola da vida ou nos bancos escolares retribuiria aos necessitados, por meio
de um trabalho voluntário, estendendo a mão para alguém subir uma escada ou
atravessar a rua? Que mal tem sair de casa nos fins de semana para fazer o bem,
nem que para isso tenha que sacrificar o convívio familiar?” Falo isso por
milhares de profissionais que, com o seu trabalho voluntário e silencioso,
ajudam a tornar cada vez mais digna a vida de pessoas, entre elas os enfermos
sem as mínimas condições de irem a um posto de saúde ou de esperarem na fila
por um atendimento que pode demorar meses ou chegar tarde demais. Digo isso
para justificar aos milhares de amigos que, nas últimas semanas, me procuraram,
telefonaram, enviaram mensagens pelas redes sociais, alertados por notícias de
que um médico que ajuda as pessoas, dentro ou fora dos hospitais ou postos de
saúde, estava sendo processado judicialmente, acusado de atender irregularmente
os necessitados...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Presidente concede tempo para o término do
pronunciamento.)
O SR. DR. THIAGO: ...em associações
de bairros, creches comunitárias ou ainda indo ao encontro de pessoas sem
condições de levantar da cama, muito menos de sair à rua à procura de ajuda
médica. Quero dizer isto para dizer a todos em alto e bom tom que este
médico-vereador, como disse aqui no dia da minha posse como presidente, vai
continuar atendendo. Isto é, não transijo com relação a esta questão. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): A Ver.ª Lourdes Sprenger está com a palavra em
Tempo Especial.
A SRA. LOURDES
SPRENGER:
Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, utilizo esta tribuna para
prestar contas de nossa participação na XIII Conferência Nacional da Unale,
União Nacional dos Legislativos Estaduais e na participação do 13º Encontro da
Associação Brasileira de Escolas Legislativas. Nestes eventos de que
participamos, devido a estarmos neste ano presidindo a Escola Legislativa desta
Casa, a intenção era nivelar esta Escola, verificar o que está ocorrendo com as
outras escolas no resto do País, onde temos escolas de Câmaras Municipais,
escolas de Assembleias Legislativas, escolas de Tribunais de Contas, entre
outras. Este evento, paralelo ao evento da Unale, nos proporcionou este
nivelamento de conhecimentos para sabermos o que estão fazendo as demais
escolas no País, e também as novas propostas de incluir as escolas legislativas
também na inclusão social e participação externa, não ficando somente na
capacitação interna de funcionários de gabinetes e assessores. Nesta
participação tivemos bons participantes ligados ao Senado e ao Congresso e
também externos, como presidentes e diretores de escolas legislativas, que
trataram da importância da Ouvidoria, transparência no Legislativo, plano
político-pedagógico de escolas, onde algumas, como na Assembleia Legislativa,
já têm cursos de pós-graduação, inclusive com parcerias no Exterior, e na
escola da Câmara Municipal de São Paulo, que já está bem estruturada, que
também está com essas propostas. Foram reunidas dezenas de representantes de antigas
e novas escolas, criadas neste ano, e que de forma pedagógica foram
apresentando seus projetos no último dia, projetos bem sucedidos já executados,
e novas propostas.
De nossa parte tínhamos também interesse em
estender à nossa escola os cursos à distância. Hoje, além disso, há as
videoconferências. Bem, o que buscamos foi esse entrosamento mais próximo com o
programa Interlegis, que dispõe de produtos e serviços oferecidos a todos os
integrantes da comunidade legislativa, como casas legislativas, parlamentares,
serviços, instituições e associações do legislativo, Tribunal de Contas da
União, Estados, e as escolas do Legislativo.
Então trouxemos a proposta de adesão que vamos
encaminhar à assessoria do nosso Presidente da Casa, porque são cursos gratuitos,
e é uma tendência mundial de economia de recursos: em vez de irmos até o local,
os cursos vêm via Internet ou por outras propostas. Também disputamos um espaço
para trazer a esta Casa o XV Encontro das Escolas Legislativas, coordenados
pela Abel, que integra toda essa rede de escolas no País.
Trazer esse evento para Porto Alegre em
novembro, para nossa Casa, vai ser bom para nós, para o cidadão, para a cidade
de Porto Alegre, tendo em vista que se pensa que, pelo número das escolas
presentes, deveremos receber aproximadamente cem escolas aqui, e com isso
mostrar a nossa Cidade, mostrar os nossos trabalhos e dar uma maior
visibilidade e credibilidade à Escola do Legislativo desta Casa.
Também quero dizer que nossa Escola tem uma boa
estrutura organizacional, porém falta um funcionário que vá se dedicar à parte
pedagógica, que é uma deficiência que ainda temos. Também temos ainda
dificuldades em trazermos funcionários para trabalhar na nossa Escola.
Queremos, neste ano, proporcionar também outros cursos. Inclusive nós estamos
realizando um curso – e está aqui o nosso fotógrafo Sempé, que é professor da
UFRGS, um curso muito procurado e que neste ano já é o número dois para quem
fez o primeiro. Também temos outros cursos que estão à disposição, como voluntários
para auxiliar na capacitação dos funcionários da Casa e de nossos gabinetes.
Muito obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Obrigado, Ver.ª Lourdes, quero parabenizá-la
pela iniciativa de trazer esse evento nacional aqui para a Câmara de Porto
Alegre. Eu acho que engrandece a Casa, mas também engrandece o seu mandato,
hoje à frente da Escola do Legislativo.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia – às 16h19min): Havendo quórum, passamos à
ORDEM DO DIA
Apregoo
o Ofício nº 426/14, do Sr. José Fortunati, Prefeito, que solicita a retirada de
tramitação e arquivamento do PLE nº 020/13. Em votação o Requerimento. (Pausa.)
Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
Apregoo Requerimento de autoria do Ver. Idenir
Cecchim, solicitando que seja votada em destaque as Emendas nº 02 e nº 03 ao
PLCL 005/14.
PROC. Nº 2805/13 – VETO PARCIAL ao PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 312/13, de autoria da
Verª Mônica Leal, que proíbe os cidadãos de utilizarem máscara ou qualquer meio
capaz de ocultar o rosto com o propósito de impedir sua identificação em
manifestações públicas no Município de Porto Alegre e normatiza o direito
constitucional dos cidadãos à participação em reuniões públicas.
Parecer:
- da CCJ. Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela
manutenção do Veto Parcial.
Observações:
- para aprovação, voto favorável da
maioria absoluta dos membros da CMPA – art. 77, § 4º, da LOM;
- votação nominal nos termos do art. 174,
II, do Regimento da CMPA.
Na
apreciação do Veto, vota-se o Projeto:
SIM
– aprova o Projeto,
rejeita o Veto;
NÃO
– rejeita o Projeto,
aceita o Veto.
- Trigésimo dia: 06-05-14 (terça-feira).
- Votação nula por falta de quórum em
07-05-14.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Em votação nominal o PLL nº 312/13, com Veto
Parcial. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADO por 05 votos SIM, 15
votos NÃO e 08 ABSTENÇÕES. Mantido o Veto Parcial.
REQUERIMENTO - VOTAÇÃO
(encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
REQ. Nº 037/14 – (Proc. nº
0853/14 – Ver. Engº Comassetto) – requer seja o período de Comunicações do dia 19 de
maio destinado a assinalar o transcurso dos 85 anos do Sindicato dos Gráficos
do Rio Grande do Sul.
O
SR. PRESIDENTE (Professor Garcia):
Em votação o Requerimento nº 037/14. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. Nº 3475/13 – PROJETO DE RESOLUÇÃO
Nº 061/13, de autoria do
Ver. Paulinho Motorista, que concede o Diploma Honra ao Mérito ao senhor Resoni
Nunes da Silva.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Marcelo Sgarbossa: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CECE. Relatora
Verª Any Ortiz: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 14-04-14.
O
SR. PRESIDENTE (Professor Garcia):
Em discussão o PR
nº 061/13. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
O SR. NEREU D’AVILA (Requerimento): Sr. Presidente, eu havia solicitado, e
fui atendido pela Diretoria Legislativa, mas solicito novamente a retirada do
PLE nº 033/13 da priorização de votação da Ordem do Dia de hoje.
O SR. PRESIDENTE (Professor
Garcia): Em votação o
Requerimento de autoria do Ver. Nereu D’Avila. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. Nº 0301/14 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 019/14,
de autoria da Verª Sofia Cavedon, que concede o título de Cidadão de Porto
Alegre ao senhor Raul Jorge Anglada Pont.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Nereu D'Avila: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CECE. Relator
Ver. João Derly: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável de dois
terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2º, V, da LOM;
- votação nominal nos termos do art. 174,
II, do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia em 12-05-14.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia):
Em
discussão o PLL nº 019/14. (Pausa.)
Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 26 votos SIM.
Declaração
de voto firmada pelo Ver. Reginaldo Pujol. (Lê.): “Votei favoravelmente,
independente de posições ideológicas, pois se trata de homem de bem, merecedor
de nossa homenagem”.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. Nº 1659/13 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 169/13,
de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que inclui o evento Festa de Nossa
Senhora do Carmo no Anexo II da Lei nº 10.903, de 31 de maio de 2010 – que
institui o Calendário de Eventos de Porto Alegre e o Calendário Mensal de
Atividades de Porto Alegre, dispõe sobre a gestão desses Calendários e revoga
legislação sobre o tema –, e alterações posteriores, no dia 16 de julho ou no
domingo seguinte.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Elizandro Sabino: pela inexistência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CECE. Relator Ver. Tarciso Flecha Negra: pela aprovação do Projeto;
-
da CEDECONDH. Relatora Verª Luiza Neves: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 05-02-14.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia):
Em discussão o PLL nº 169/13. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. Nº 2999/13 – PROJETO DE RESOLUÇÃO
Nº 046/13, de autoria da
Verª Mônica Leal, que concede a Comenda Porto do Sol à senhora Alice Prati.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Reginaldo Pujol: pela
inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
- da CECE. Relatora
Verª Sofia Cavedon: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 05-02-14.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia):
Em discussão o PR nº 046/13. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. Nº 2802/13 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 310/13,
de autoria da Verª Séfora Mota, que concede o título de Cidadão Emérito de
Porto Alegre ao senhor Jefferson Fürstenau.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Márcio Bins Ely: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CECE. Relator
Ver. Kevin Krieger: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável de dois
terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2º, V, da LOM;
- votação nominal nos termos do art. 174,
II, do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia em 02-04-14.
O
SR. PRESIDENTE (Professor Garcia):
Em discussão o PLL nº 310/13. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação
nominal.
(Pausa.) (Após a apuração nominal.)
APROVADO por 28 votos SIM.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL
(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com
aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. Nº 0446/14 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 032/14,
de autoria da Verª Fernanda Melchionna, que concede o título de Cidadã Emérita
de Porto Alegre à ativista Ana Paula Alminhana Maciel.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Elizandro Sabino: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CECE. Relator
Ver. Tarciso Flecha Negra: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável de dois
terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2º, V, da LOM;
- votação nominal nos termos do art. 174,
II, do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia em 07-05-14.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia):
Em
discussão o PLL nº 032/14. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação nominal. (Pausa.) (Após a apuração
nominal.) APROVADO por 28 votos SIM.
VOTAÇÃO
(encaminhamento:
autor, relator e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. Nº 1055/14 – RECURSO – apresentado pelo Ver. Marcelo Sgarbossa
e outros à CCJ, da decisão proferida pela Presidência da Casa, nos autos do
Proc. nº 0108/13, que deferiu requerimento de verificação de votação do Projeto
de Lei Complementar do Legislativo nº 035/13.
Parecer nº 133/14:
- da CCJ. Relator
Ver. Waldir Canal: no qual consta a seguinte conclusão:
“... Ante o exposto, examinando os
aspectos constitucionais, legais e regimentais, opino pelo improvimento do
presente Recurso, e, por via de consequência, pela manutenção da decisão da
Presidência, que deferiu o Requerimento, do vereador João Carlos Nedel, de
verificação de votação nominal ao PLCL nº 035/13, a qual foi realizada
simbolicamente.”
Observações:
- votação nos termos do art. 99 do
Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia em 12-05-14.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia):
Em votação o Recurso de autoria do Ver. Marcelo Sgarbossa e outros, contra
decisão proferida pelo Presidente nos autos do Processo nº 0108/13. (Pausa.) O
Ver. Marcelo Sgarbossa está com a palavra para encaminhar a votação do Recurso,
como autor.
O SR. MARCELO SGARBOSSA: Boa tarde, Vereadores e Vereadoras;
estamos aqui para votar o relatório do Ver. Waldir Canal, que foi aprovado não
por unanimidade, mas por maioria na CCJ. Basicamente, esse relatório permite
que se faça uma verificação de votação daquele projeto que aprovamos aqui, de
forma simbólica, no dia 14 de abril deste ano, há um mês, praticamente. Eu ia
simular, mas achei que isso ia atrapalhar o andamento dos trabalhos.
Se nós aprovarmos esse relatório e fizermos uma
nova verificação de votação do projeto que foi aprovado, basicamente estamos
concordando com o seguinte: uma vez aprovado um projeto em votação simbólica,
iniciada a discussão do projeto seguinte, a discussão andando há uma hora,
qualquer Vereador poderá vir a este microfone e dizer que quer a verificação de
votação do projeto que foi aprovado há uma hora. E o Presidente terá que
deferir.
Eu perguntei inclusive para o Ver. Waldir Canal,
na CCJ, se ele lembrava, no tempo que ele está aqui na Câmara, de alguma
verificação de votação feita quando já aprovado o projeto e entrada a discussão
do projeto seguinte. Ele disse que talvez lembrasse de um, mas não soube
relatar.
Eu pergunto ao Ver. Nedel, ao Ver. Pujol, se
eles lembram de algum projeto, nesses 40 anos, em vários mandatos, em que,
votado, aprovado de forma simbólica, e iniciada a discussão do projeto
seguinte, foi pedida a verificação da votação. Esse é um precedente que vamos
abrir a partir de hoje.
Se deferirmos o pedido do Ver. Nedel, colocando
em votação o projeto hoje - o Ver. João Derly está em representação externa,
mas ele estava aqui no dia 14 de abril e ele votou favoravelmente; o Ver.
Valter Nagelstein estava no dia, mas hoje não está -, vocês conseguem perceber
o terreno pantanoso que entramos a partir dessa decisão?
Para mim está bem claro que o instituto da
verificação de votação requer que seja imediato. Esse é o costume da Câmara,
que é, sim, uma fonte de direito, assim como a lei e a jurisprudência. Então é
do costume da Câmara verificar a votação imediatamente depois de feita a
votação para sanar qualquer dúvida. Mas o que faremos aqui abrirá um precedente
perigoso que quebra uma tradição, um costume da própria Câmara. Então eu
solicito aos colegas para não abrirmos esse precedente e mantermos a harmonia
rejeitando o parecer que foi aprovado na CCJ e mantendo a votação que já foi aprovada. Se o Prefeito decidir vetar o
projeto aprovado, analisaremos o veto, Ver. Tarciso, para ver se o derrubaremos
ou não. Ou seja, teremos uma nova oportunidade. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Obrigado, Vereador. A Ver.ª Sofia Cavedon
está com a palavra para encaminhar a votação do Recurso de autoria do Ver.
Marcelo Sgarbossa e outros.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs.
Vereadores, eu, da CCJ, infelizmente, não esperava outra posição, mas acho que
vou considerar, dar boa fé na compreensão jurídica que esta Comissão deveria
ter e tentar também trazer alguns elementos da nossa compreensão, talvez muito
semelhantes aos seus, Ver. Sgarbossa.
Mas,
em primeiro lugar, dizer que há uma incongruência nesta Casa. Se o Governo tem
aqui uma grande maioria, e este Governo e essa grande maioria estão tão
convencidos de que não é possível prosperar a vinculação das multas com a
instalação, a realização do plano cicloviário e a necessária reorganização da
cultura de mobilidade urbana desta Cidade - porque esta é a verdade -, se o
Governo estava tão ciente e cioso disso, com argumentos, inclusive, que
colocaria recursos do orçamento, por que esta Casa ou esta grande maioria não
estavam presentes na hora da votação? Por que não acompanharam o debate, não se
inscreveram para fazer o debate, quando a Cidade deu uma relevância muito
grande para este tema? Seja a imprensa, seja a Massa Crítica, sejam os
cicloativistas, os movimentos em defesa da alegria, os movimentos em defesa de
uma Cidade sustentável, todos muito atentos, todos muito indignados,
solicitaram Audiência Pública, manifestaram-se, e esta Câmara, na sua maioria,
não estava presente. Portanto, realizou-se uma votação. E agora nos perguntamos
por que insiste tanto o Governo, com a sua base do Governo, em reverter uma
votação, se para ele, naquele momento, para esta base, para este Governo, não era
tão importante, a ponto de não de estar presente, Presidente, de não fazer o
debate e de não tentar convencer os Vereadores de oposição e os cidadãos
interessados nesta Casa. Então, é menos uma discussão legal, técnica, mas dela
deriva o seguinte: depois que não deu certo, depois que a oposição parou de
discutir e aproveitou uma maioria, agora, nós achamos muito relevante recompor
aquele momento. Nós achamos que é, inclusive, legal e regimental verificar
aquela votação, e vocês, nitidamente, contam com a modificação do plenário. Na
verdade, aí é que está a incongruência, seja da CCJ ou de quem acha que é
possível essa verificação, porque o Governo, determinado em modificar a lei, os
Vereadores, que eu tenho certeza, ao renovar essa votação vão manter a posição
do Governo em grande maioria, na verdade, vão modificar, Sr. Presidente, o
quórum daquela votação. Está claro, está nítido, portanto, está incongruente,
impossível e insustável que seja através do instrumento verificação de votação.
Porque, nós vamos ver na sequência, na verificação de votação não se verificará
o mesmo resultado porque se solicita renovação para alterar o resultado, se
solicita, portanto, modificação do plenário. Portanto, está se invalidando o
instrumento solicitado, porque verificação de votação é na hora, se o Vereador
se distraiu, é antes da votação seguinte. Nós, Presidente, já realizamos muitas
votações depois daquela votação. Não me parece, Ver. Sgarbossa, que se possa
realizar algo tão incongruente e tão sem solidez, sem nitidez, que é renovar
uma votação através de verificação de votação.
Hoje,
por exemplo, o Ver. Engº Comassetto não está aqui, mas se nós verificarmos
aquela votação – e poderíamos citar outras pessoas, ele está em representação
desta Casa –, não vamos conseguir repeti-la. Então, me parece...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Presidente concede tempo para o término do
pronunciamento.)
A SRA. SOFIA CAVEDON: ...Eu encerro,
Presidente, desculpa lhe pedir mais vez. Parece-me que para recompor o
verdadeiro sentido desse instrumento, que é verificar a votação, nós precisamos
acolher o recurso que fez o Ver. Marcelo Sgarbossa, que tem um projeto apresentado antes,
que tem proposições e que dá muito fundamento à manutenção dessa vinculação.
Enfim,
por último, é a chance que este plenário tem, de fato, de proteger a vida nesta
Cidade, de dar consequência ao que se tirou quando se votou o Plano
Cicloviário, e de dar condições ao Governo, não de brincar de ciclovia, não
apenas de enfeitar a Cidade com faixinhas vermelhas, mas de alterar a cultura
de mobilidade e viabilizar esta Cidade.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Nereu D’Avila está com a palavra
para encaminhar a votação do Recurso de autoria do Ver. Marcelo Sgarbossa e
outros.
O SR. NEREU D'AVILA: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs.
Vereadores, a Ver.ª Sofia referiu-se, embora rapidamente, à Comissão de
Constituição e Justiça, presidida pelo nobre Ver. Reginaldo Pujol, e que teve
como Relator o eminente Ver. Waldir Canal. Quero dizer à população de Porto
Alegre, através da TVCâmara, que o Ver. Canal fez um brilhante e exaustivo
parecer, em que, primeiro, aponta um defeito grave e insubstituível, e que não
foi apresentado pelo Vereador que fazia o recurso. Não foi apresentado, Sr.
Presidente, um recurso fundamentado, como requer a lei e o Regimento da Casa.
Apenas a Bancada do PT e o Ver. Sgarbossa apresentaram um recurso, recorreram à
Comissão de Justiça, mas não fundamentou. E ele teve tempo, porque, uma semana
antes, quando eu pedi vista do processo, ele foi informado que poderia
fundamentar por escrito e não fundamentou. Então, aí está o primeiro problema.
O
segundo problema, Sr. Presidente - é com V. Exa. que eu quero, respeitosamente,
chamar a atenção -, diz respeito ao art. 175 do Regimento, que diz o seguinte
(Lê.): “Na votação simbólica, o Presidente, ao anunciá-la, convidará os
Vereadores favoráveis à proposição a permanecerem como estiverem e os
contrários a se manifestarem. § 1º: A Requerimento de Vereador, ou de ofício
pelo Presidente, as votações simbólicas poderão ser verificadas nominalmente.”
Ocorre, Sr. Presidente, que não tem sido usada esta prerrogativa por Vossa
Excelência. Se a tivesse usado, não estaria toda esta celeuma estabelecida. Por
quê? Porque visivelmente não havia quórum, e, V. Exa., fazendo simbólica... Há
um costume equivocado aqui: o Presidente não se importa; ele diz “os que
aprovam permaneçam como se encontram, quem não concordar manifeste-se”. Isso é
o que acontece.
Agora,
essa prerrogativa do Presidente, do § 2º do art. 175... Visivelmente não havia
quórum, e V. Exa. podia estabelecer, de ofício, que, não havendo quórum, estava
extinta a Sessão.
Então,
o projeto foi aprovado numa Sessão sem quórum, é claro que válida, porque o
Presidente não levantou esta prerrogativa que poderia levantar. Repito:
conforme o § 2º do art. 175, a requerimento de Vereador ou de ofício pelo
Presidente, as votações simbólicas poderão ser verificadas nominalmente. Então,
o Presidente, verificando que não havia quórum, ele poderia, de ofício, pedir a
votação que o Ver. Nedel pediu.
(Manifestações
nas galerias.)
O SR. NEREU D’AVILA: Nobre assistente, eu estou sustentando
que houve diversos percalços durante o projeto, por isso é que não há uma
imposição nossa de verificação de votação. Houve uma situação, e eu estou
argumentando nos termos regimentais.
Então,
encerro solicitando ao Presidente que, a partir de agora, exerça esta
prerrogativa do § 2º do art. 175: verificando que não há quórum visivelmente,
que determine a verificação de votação.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Se nenhum Vereador mais quer encaminhar
a matéria, passaremos, então, à votação do Recurso de autoria do Ver. Marcelo
Sgarbossa e outros Vereadores. Quem votar “sim”, o aprova; quem votar “não”,
rejeita.
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: O Requerimento foi à CCJ, a CCJ deu seu
parecer, e eu pergunto: é o parecer que vamos votar?
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Não, Vereador. Vamos votar o Recurso. Vou
ler o art. 99 do Regimento (Lê.): “Art. 99 - Recurso é o meio de provocar no
Plenário a modificação de decisão tida como desfavorável, por ato da Mesa, da
Presidência ou das Comissões. § 1º - ao recurso aplicam-se duas disposições: 1
– será interposto por escrito, perante a Mesa Diretora; 2 - conterá os
fundamentos de fato e de direito em que se baseia o pedido de nova decisão; 3 -
deverá ser apresentado no prazo de 15 dias... art. 5º - será decidido pelo
plenário, após manifestação da Comissão de Constituição e Justiça... § 2º - O
recurso não sofrerá discussão e sua votação poderá ser encaminhada pelo Autor,
pelo Relator da Comissão de Constituição e Justiça e pelas Lideranças.”
Em
votação nominal, solicitada por esta presidência, o Recurso de autoria do Ver.
Marcelo Sgarbossa e outros. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADO por 11 votos SIM e 18 votos NÃO.
VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 0108/13 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 035/13, de autoria do Ver. Marcelo Sgarbossa,
que institui o Fundo Municipal de Gestão do Plano Diretor Cicloviário Integrado
(FMGPDCI) e dá outras providências.
Parecer
Conjunto:
-
da CCJ, CEFOR,
CUTHAB e CECE.
Relator-Geral Ver. Engº Comassetto: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto
favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art. 82,
§ 1º, I, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia em 30-10-13.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia):
Em votação nominal, solicitada por esta presidência, o PLCL nº 035/13. (Pausa.)
(Após a apuração nominal.) REJEITADO por
11 votos SIM, 17 votos NÃO e 01 ABSTENÇÃO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC. Nº 2495/13 – PROJETO DE LEI
COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 010/13,
que altera o art. 24 e revoga o § 2º do art. 32 da Lei Complementar nº 626, de
15 de julho de 2009 – que institui o Plano Diretor Cicloviário Integrado e dá
outras providências –, e inclui Anexo 6 na Lei Complementar nº 626, de 2009,
criando o Fundo Municipal de Apoio à Implantação do Sistema Cicloviário (FMASC)
e instituindo seu Conselho Gestor. Com
Emendas nos 02, 05 a 07, 10, 12 a 16 e 18 e Subemenda nº 02 à Emenda
nº 02.
Parecer:
-
da CCJ. Relator-Geral Ver. Reginaldo
Pujol: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação
do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto
favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art. 82,
§ 1º, I, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia em 16-12-13
por força do art. 81 da LOM;
- Emendas nos 01, 03, 04, 08,
09, 11 e 17, Subemenda nº 01 à Emenda nº 02 e Subemenda nº 01 à Emenda nº 08
retiradas de tramitação;
- discussão adiada por duas Sessões em
02-04-14;
- discussão adiada por duas Sessões em
23-04-14.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia):
Em discussão o PLCE nº 010/13. (Pausa.)
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, eu só gostaria que V.
Exa. esclarecesse ao Plenário se o Parecer não se posicionou com relação à
quase totalidade das emendas. A maioria das emendas foi apresentada com o
processo em discussão; obviamente, foram dispensadas do exame das Comissões.
Não há Parecer das Comissões favoravelmente às emendas, correto?
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Correto, Vereador.
O SR. REGINALDO PUJOL: Obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a
palavra para discutir o PLCE nº 010/13.
A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Sobem a esta tribuna em muitas
oportunidades, reclamando do ceticismo do povo com a política, culpam os jovens
que saem às ruas como intransigentes, quando não veem no Poder Público, nos
Parlamentos e nos Governos, canais para diálogo e negociação, dizem que isso
despolitiza a política, são incapazes de fazer o balanço do símbolo que os
Governos e os Parlamentos passam para a população, como foi essa votação
patética, um golpe de quinta categoria de um Governo que, quando teve a votação
simbólica - as coisas precisam ser ditas como elas são -, estavam em qualquer
outra coisa que não no Plenário acompanhando a votação do projeto. Camarão
parado a onde leva. Estavam em qualquer lugar. Não houve...Por duas vezes, o
Presidente colocou em votação. Eu, que havia me inscrito, retirei minha
inscrição naquele dia de votação. E, ao perderem a votação, fizeram esse pedido
manobreiro de nova votação, que é uma vergonha, é uma vergonha completa para a
Câmara de Vereadores: refazer a votação de um projeto que já foi votado pela
Casa.
(Aparte
antirregimental do Ver. João Carlos Nedel.)
A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Que já foi votado pela Casa. Isso é uma
ofensa para o povo da Cidade, isso é uma ofensa com todos, com pedestres, com
ciclistas, com os que acompanham a Câmara, com todos os que não acompanham e
que esperam dos Vereadores compromisso com as causas públicas. Isso é uma
vergonha, isso é uma vergonha: requerer a votação de um projeto já votado, uma
vergonha para o Parlamento. E depois se revoltam com o ceticismo do povo com a
política. Como vão ser céticos? Como vão ser céticos, se os poucos projetos
aprovados que trazem benefícios para o povo, como a complementação do Plano
Diretor Cicloviário, enviado a esta Casa, não pelo Governo do PSOL, mas pelo
Governo que ora é a base...Tentam rasgar o Plano. É verdade que houve muita
mobilização para que o Plano Diretor Cicloviário viesse; foi uma conquista da
Cidade. Nós votamos favoravelmente ao Plano, porque o que é bom para Porto
Alegre, nós votamos a favor. Inclusive, dissemos que nós queríamos uma
previsão, um cronograma de execução das ciclovias, ciclofaixas, educação para o
trânsito, coisa que nunca veio. Mas quando o Governo perdeu na Justiça, porque
não está aplicando na lei, não está aplicando no Plano Diretor Cicloviário o
que a lei determina, veio este Projeto que nós estamos discutindo, que criou um
fundo sem fundo, que criou um fundo sem recursos para execução do Plano Diretor
Cicloviário. Independentemente dos méritos do projeto do Ver. Marcelo
Sgarbossa, nós obviamente votamos a favor com muita, muita clareza, nós vimos a
votação com muita tranquilidade e votamos, na votação simbólica, com a
convicção de que estávamos votando corretamente. Mas, os Vereadores do Governo,
que erraram naquele momento, fazem um recurso de uma nova votação num projeto
votado simbolicamente. Vejam o precedente que está se fazendo. O Governo
exercendo a sua maioria para derrubar um projeto que já havia sido aprovado,
por Vereadores que nem estão aqui hoje: o Ver. João Derly está em representação
externa e votou favoravelmente ao projeto; o Ver. Engº Comassetto está com
ausência justificada ou representação externa e votou favoravelmente ao
projeto. Olha que temerário! E esta Casa, lamentavelmente, mais uma vez me
choca. Eu pensei que tivesse visto muito por aqui: projetos inconstitucionais,
Pontal do Estaleiro. Nós já fizemos muita luta, já discutimos muito nesta
Tribuna. Mas, hoje vocês só reforçam aqueles que olham para os parlamentos.
(Não revisado pela oradora.)
(O Ver. Guilherme Socias Villela assume a presidência dos trabalhos.)
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras.
Vereadoras, a Ver.ª Fernanda
Melchionna ocupou esta tribuna e falou muito em vergonha. Realmente, é
vergonhoso. É vergonhoso uma colega faltar com a verdade aqui. É vergonhoso ver
uma colega não conhecer o Regimento. É vergonhoso ver uma colega agredir um
colega que a respeita, que sempre a respeitou e que vai continuar a
respeitá-la. Agora, queremos uma certa igualdade, uma paridade, um respeito
igual. Ela vem dizer que foi o Governo, que foram os Vereadores. Ela também
faltou com a verdade! Não foi o Governo e não foram os Vereadores. Foi este Vereador
que, regimentalmente em tempo hábil, solicitou votação nominal.
Lamentavelmente, o Sr. Presidente não olhou para o plenário. Eu estava lá,
pedindo votação nominal, se o...
(Aparte
antirregimental da Ver.ª Fernanda Melchionna.)
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Olha o respeito, Vereadora! Eu a
respeito e exijo o mesmo respeito. Eu estava lá pedindo votação nominal e o
Presidente se equivocou pensando que eu estava votando contra. Não, eu estava
pedindo votação nominal e em tempo hábil, porque quem precisava de 19 votos não
era o Governo e sim, o Vereador proponente. Eu pedi em tempo hábil, o Sr.
Presidente decidiu pensar no assunto – é uma prerrogativa dele –, e, depois, o
Ver. Mauro Pinheiro solicitou verificação de quórum. Aí, senhoras e senhores,
vejam bem, não houve quórum. Portanto, a votação deveria ter sido anulada por
falta de quórum! Ora, que barbaridade! Eu pedi verificação de votação. Eu
queria votação nominal e o Ver. Mauro Pinheiro pediu verificação de quórum.
Portanto, qualquer que tenha sido o resultado, a votação deveria ser anulada
por falta de quórum. O projeto do Ver. Sgarbossa já foi derrotado, então vamos
votar e aprovar o Plano Cicloviário de Porto Alegre.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Guilherme Socias
Villela): A Ver.ª Sofia
Cavedon está com a palavra para discutir o PLCE nº 010/13.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Ver. Guilherme Socias
Villela; Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, não vou mais discutir o processo
que vivemos há pouco, acho que além de ter maioria, quando perde, o Governo não
sabe perder. O Governo também tem muito pouco respeito por esta Casa, não
aceita contribuições da oposição, desta Câmara, quando o conjunto da Câmara
indica mudanças políticas, se não são do seu agrado, se ele não foi autor, não aceita.
Quero, inclusive, comunicar a todos que fico contente, mas, ao mesmo tempo,
indignada pelo desrespeito, pela não acolhida das nossas proposições. Eu soube,
essa semana, que o Governo Municipal está chamando o IAB, as entidades para
constituir uma comissão para fazer o concurso do Parque Gasômetro. Por que,
então, não aceitou a emenda da Ver.ª Sofia Cavedon que propunha que se fizesse
um concurso para o Parque Gasômetro? Fico contente, quero dizer aqui, alto e
bom som, que este é o melhor processo: chamar a cidadania, organizar um
processo republicano para um lugar que é de toda a Cidade, mas exemplar da
falta de capacidade de entender do Governo Municipal do que seja uma
democracia. E isso tem consequências seriíssimas, nesse caso, no Fundo do Plano
Cicloviário que o Governo está propondo, que tem a intenção de se livrar de um
problema, que foi uma emenda. Para o Governo é um problema, eu diria que, para
a Cidade, é uma solução, para a Cidade conflituada, para a Cidade completamente
trancada. Nessa sexta-feira, ninguém andava no final da tarde nesta Cidade. Não
se caminha mais e não havia os 30 segundos nas sinaleiras! E olhem que as
sinaleiras do HPS são 52, ou 60 segundos! E são necessários. Não são inviáveis
os 30 segundos. A Cidade está inviabilizada e o Governo não compreende que, se
não radicalizar nas soluções, ela se tornará cada vez mais insuportável de se
viver. As pessoas estão indignadas, porque não tem como se movimentar das
8h30min às 9h30min; a partir das 17h, sair daqui para qualquer lugar, é muito
difícil. Mas o Governo insiste em desvincular, não cumpriu a lei do Plano
Cicloviário que vinculava 20% dos recursos das multas para a implantação das
ciclovias. As ciclovias não são a panaceia. A reeducação para transitar na
Cidade, o respeito aos pedestres, aos ciclistas, à boa convivência podem
estimular muita gente, como aconteceu em várias cidades, a abandonar o seu
carro e utilizar durante a semana uma bicicleta. Claro que com várias outras
melhorias, como espaço para estacionamento e outras adequações. Mas para isso
precisa de recursos, recurso potente e prioridade política.
Ora,
o projeto que vamos votar agora, que estaria prejudicado se tivéssemos aprovado
o projeto do Ver. Sgarbossa, e que era um projeto que vinha da cidadania, ele,
por exemplo, cria um Fundo que tem sete representantes do Governo e dois da
sociedade civil. Ora, se nós queremos democratizar, por que colocamos, apenas
de ratificadores, a presença da sociedade civil, apenas para homologar, apenas
para referendar uma decisão que será da maioria do Governo?
Em
democracia é preciso abrir mão do poder. A democracia significa isso, Ver.
Nedel, a pulverização do poder! E, infelizmente, nós estamos vendo pelo
Conselho de Cultura que o Governo, simplesmente, não chamou eleição, que torna
não legítimo. Pela movimentação que o Governo faz para se apropriar dos outros
conselhos. Nós não temos um Executivo que tenha apreço por democracia.
Então,
esse Fundo, com a maioria do Executivo gerenciando, por que vai colocar duas
pessoas da população para dar opinião se serão sempre minoritárias? O correto é
a paridade, é paritário. E mais, despotencializa completamente o Plano
Cicloviário a retirada dos recursos...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Presidente concede tempo para o término do
pronunciamento.)
A SRA. SOFIA CAVEDON: ...Nós andamos
muito distraídos, e esse tema é bastante complexo. São muitos itens, e não
apenas esses – para a população saber –, não apenas a desvinculação. Mas não
falem em prioridade, em humanização, se não colocarem no Orçamento. Eu falava
do Bolsa Família, hoje, no início da tarde, e dizia que o Governo Federal
resolveu que fome era prioridade e colocou, no Orçamento, muitos bilhões para
enfrentar a fome e a miséria. Para criar ciclovia, para humanizar o trânsito é
preciso recurso; prioridade exige recurso orçamentário e diálogo. Escutem os
ciclistas e os cicloativistas, e não farão ciclovias como a da Perimetral, que
é muito ruim e muito inadequada. Então, não ao projeto do Governo!
(Não revisado pela oradora.)
O
SR. CLÀUDIO JANTA (Requerimento): Sr. Presidente, solicito verificação de
quórum.
O
SR. PRESIDENTE (Guilherme Socias Villela): Solicito abertura do painel eletrônico
para verificação de quórum, solicitada pelo Ver. Clàudio Janta. (Pausa.) (Após
o fechamento do painel eletrônico.) Treze
Vereadores presentes. Não há quórum.
O
SR. PRESIDENTE (Guilherme Socias Villela – às 17h27min): Encerrada a
Ordem do Dia.
Passamos à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
Nº 0490/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 040/14, de autoria do Ver. Valter Nagelstein,
que concede o Título de Cidadão Emérito de Porto Alegre ao senhor Paulo César
Fonseca do Nascimento – Tinga.
PROC.
Nº 0516/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 043/14, de autoria do Ver. Márcio Bins Ely, que
institui o Programa Municipal de Ensino do Xadrez (PMEX). Com Emenda nº 01.
PROC.
Nº 0759/14 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 013/14, que desafeta e autoriza a alienação do
próprio municipal localizado na Rua Déa Coufal, nº 1275, a Assilon Schmidt e
Glecy Oravec Schmidt, como indenização pela desapropriação indireta.
PROC.
Nº 0798/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 079/14, de autoria do Ver. Valter Nagelstein,
que denomina Rua Doutor Marcos Stifelman o logradouro público cadastrado
conhecido como Rua de Pedestres G – Loteamento Vila Hípica do Cristal –,
localizado no Bairro Cristal.
PROC.
Nº 0829/14 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 012/14, de autoria do Ver. Clàudio Janta, que concede a Comenda Porto
do Sol ao Sindicato dos Empregados no Comércio de Porto Alegre.
PROC.
Nº 0843/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 085/14, de autoria do Ver. Valter Nagelstein,
que denomina Rua Edy Maria Mussoi o logradouro público cadastrado conhecido
como Beco 5 – Avenida Vicente Monteggia –, localizado no Bairro Nonoai.
PROC.
Nº 0908/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 087/14, de autoria do Ver. Professor Garcia, que
denomina Rua Darcy Reis Nunes o logradouro público não cadastrado conhecido
como Rua A – Vila São Carlos –, localizado no Bairro Lomba do Pinheiro.
2ª SESSÃO
PROC.
Nº 1651/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 168/13, de autoria do Ver. João Derly, que
obriga os estabelecimentos que comercializam refeições no sistema de fast food a informarem aos consumidores
a quantidade de carboidratos, proteínas, gorduras, sódio e calorias dos
alimentos, revoga a Lei nº 9.475, de 26 de maio de 2004, e dá outras
providências.
PROC.
Nº 3121/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 350/13, de autoria do Ver. Clàudio Janta, que
estabelece horários de funcionamento dos estabelecimentos comerciais,
varejistas ou atacadistas.
PROC.
Nº 0150/14 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 006/14, de autoria do Ver. Marcelo Sgarbossa,
que inclui art. 8º-A na Lei Complementar nº 382, de 24 de julho de 1996 – que
regulamenta o art. 103 da Lei Orgânica do Município e dá outras providências
(audiência pública) –, para tornar obrigatório o comparecimento de
representante da Administração Direta ou da Administração Indireta do Município
de Porto Alegre às audiências públicas concedidas pelo Executivo ou Legislativo
Municipais.
PROC.
Nº 0257/14 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 002/14, de autoria do Ver. Waldir Canal, que
inclui § 4º no art. 44 da Lei Complementar nº 728, de 8 de janeiro de 2014, que
institui o Código Municipal de Limpeza Urbana, excetuando do rol de atos
lesivos à limpeza urbana o depósito ou o lançamento de papéis, jornais ou
assemelhados que veiculem conteúdo religioso.
PROC.
Nº 0552/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 046/14, de autoria do Ver. Márcio Bins Ely, que
inclui art. 30-A na Lei nº 11.582, de 21 de fevereiro de 2014, determinando que
os veículos utilizados no Serviço Público de Transporte Individual por Táxi
contenham placa informando, em braile, os números de seu prefixo e de sua
placa, bem como os nomes de seu permissionário e, se houver, de seus condutores
auxiliares.
PROC.
Nº 0643/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 062/14, de autoria do Ver. Delegado Cleiton, que
obriga creches privadas a disponibilizar cursos de primeiros socorros a seus
funcionários.
PROC.
Nº 0720/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 070/14, de autoria do Ver. Márcio Bins Ely, que
institui o Programa Banco do Livro no Município de Porto Alegre.
PROC.
Nº 0828/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 082/14, de autoria do Ver. Paulo Brum, que
inclui a efeméride Dia Municipal de Conscientização sobre o Autismo no Anexo da
Lei nº 10.904, de 31 de maio de 2010 – Calendário de Datas Comemorativas e de
Conscientização do Município de Porto Alegre –, e alterações posteriores, no
dia 2 de abril.
PROC.
Nº 0874/14 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 013/14, de autoria do Ver. Paulo Brum, que concede a Comenda Porto
do Sol ao Centro de Reabilitação de Porto Alegre – Cerepal.
O
SR. PRESIDENTE (Guilherme Socias Villela): Não há inscritos para discutir a Pauta.
Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a Sessão às 17h28min.)
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